Washington, Estados Unidos - A eleição do republicano Donald Trump para a presidência dos Estados Unidos representaria "uma ameaça à liberdade de imprensa" no país, com repercussões no exterior, advertiu nesta quinta-feira o Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ).
[SAIBAMAIS]A instituição aprovou uma resolução que "declara Trump uma ameaça sem precedentes para os direitos dos jornalistas e para a capacidade do CPJ de defender a liberdade de imprensa em todo o mundo". A dirigente Sandra Mims Rowe declarou que Trump, "através de suas palavras e ações como candidato a presidência dos Estados Unidos, traiu continuamente os valores da Primeira Emenda" constitucional, que garante a liberdade de imprensa.
"Desde o início de sua candidatura, Trump insultou e denegriu a imprensa, e fez da oposição à mídia um eixo de sua campanha. Trump qualificou constantemente a imprensa de ;desonesta; e ;escória;", recordou Rowe. A dirigente destacou que o enfraquecimento da liberdade de imprensa nos Estados Unidos teria consequências "muito mais graves" para os jornalistas de outros países, pois "alentaria os ditadores e os déspotas a restringir a imprensa em seus próprios países".