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Doadores republicanos querem a retirada da candidatura de Trump

A campanha Trump sofreu um duro golpe depois da postagem de um vídeo de 2005, em que se vangloria dos abusos sexuais a mulheres, o que custou a ele o apoio de líderes republicanos e uma forte queda nas pesquisas

Agência France-Presse
postado em 14/10/2016 12:45

A campanha Trump sofreu um duro golpe depois da postagem de um vídeo de 2005, em que se vangloria dos abusos sexuais a mulheres, o que custou a ele o apoio de líderes republicanos e uma forte queda nas pesquisas

Washington, Estados Unidos - Alguns dos maiores doadores do Partido Republicano pediram ao Comitê Nacional que abandonem a candidatura presidencial de Donald Trump, depois que ele foi acusado de agressões sexuais contra mulheres informou o jornal The New York Times.

O jornal cita doadores que repassaram milhões de dólares aos republicanos e que acreditam que o mais recente escândalo que cerca Trump ameaça o partido e querem abandoná-lo. "Em algum ponto, é preciso olhar no espelho e reconhecer que não é possível justificar o apoio a Trump ante seus filhos, especialmente ante suas filhas", declarou o empresário David Humphreys ao jornal, afirmando que doou mais de 2,5 milhões de dólares ao partido nos últimos quatro anos.

A campanha Trump sofreu um duro golpe depois da postagem de um vídeo de 2005, em que se vangloria dos abusos sexuais a mulheres, o que custou a ele o apoio de líderes republicanos e uma [SAIBAMAIS]forte queda nas pesquisas. "Ele é um demagogo perigoso e completamente inadequado para as responsabilidades de um presidente dos Estados Unidos", disse o investidor Bruce Kovner ao mesmo jornal. As críticas também apontam para líderes republicanos que continuam apoiando Trump, como o presidente do partido, Reince Priebus.

"Reince deveria ser despedido e substituído por alguém que tenha a capacidade e a destreza de liderença para reconstruir o RCN (Comitê Nacional Republicano)", expressou, por sua vez, o investidor William Oberndorf. As divisões dentro do partido se acentuaram na segunda-feira passada, quando o presidente da maioria republicana da Câmara de Representantes, Paul Ryan, declarou ante os congressistas correligionários que deixaria de fazer campanha por Trump, ante o temor de perder o controle do Congresso, que será parcialmente renovado no mesmo dia das eleições presidenciais, em 8 de novembro.

Depois do vídeo de 2005, ao menos seis mulheres acusaram o magnata de assédio sexual. Mesmo a adversária democrata Hillary Clinton acusou Trump de assediá-la durante o segundo debate presidencial de domingo passado. No debate, Trump se manteve muito perto e por trás da candidata e a olhava intensamente com o cenho franzido, enquanto ela respondia às perguntas do público.



Em uma entrevista ao programa The Ellen DeGeneres, do canal NBC, Hillary disse que os movimentos de Trump a fizeram se sentir muito estranha e pouco à vontade no palco. "Devido à revelação do vídeo (...) ele estava realmente exaltado e simplesmente dava para sentir a irritação dele", afirmou, em alusão ao vídeo de 2005 divulgado antes do debate. "Ele estava realmente tentando me dominar e, depois, literalmente, me assediou por todo o palco e eu podia sentir sua presença atrás de mim". Em um comício, Trump negou as acusações sobre sua atuação no debate.

"Estou de pé em meu palanque, perto de minha cadeira. Ela caminha através do palco. Está de pé, de frente para mim, exatamente junto a mim. E no dia seguinte perguntei: o que disseram os jornais? Eles disseram que ;ele invadiu o espaço dela;", afirmou. "Acreditem, o último espaço que quero invadir é o dela", acrescentou. O magnata insiste que as acusações contra eles são mentiras da imprensa orquestradas pelos democratas.

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