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Larry Flynt oferece US$ 1 milhão por gravações explosivas de Trump

Após a divulgação de um vídeo de 2005 no qual Donald Trump se vangloria de tocar as partes íntimas das mulheres sem o seu consentimento, aumenta a pressão para que se divulguem outras gravações

O fundador da revista pornográfica Hustler, Larry Flynt, ofereceu nesta segunda-feira um milhão de dólares a quem lhe entregar gravações de Donald Trump nas quais o candidato republicano pronuncie palavras "degradantes" sobre as mulheres e com as quais incorreria em conduta "ilegal".

[SAIBAMAIS]"Sempre celebrei as mulheres. As mulheres de todas as formas e tamanhos. Tratar uma mulher como Trump tem feito é decepcionante e incrível ao mesmo tempo, particularmente da parte de quem quer ser presidente", declarou o sempre provocativo editor e empresário americano.

Flynt afirmou em um comunicado estar "horrorizado com a hipocrisia dos nossos legisladores, que querem dizer aos americanos como devem viver suas vidas enquanto na vida privada realizam atividades que condenam publicamente".

O candidato republicano à Casa Branca "afirma que ;ninguém respeita mais as mulheres do que ele;, apesar de todas as provas em sentido contrário e Flynt se impôs a tarefa de por em evidência estes hipócritas", acrescentou o comunicado.

Larry Flynt lembra que já tinha feito esta oferta em 2007 por documentos que revelaram relações sexuais ilícitas de um "membro prominente da administração pública" e em 1998 durante o processo de destituição do presidente Bill Clinton em pleno escândalo Monica Lewinsky.

Com 73 anos e em uma cadeira de rodas após uma tentativa de assassinato em 1978, Flynt, cuja revista Hustler completou 40 anos há dois, fez da liberdade de expressão seu cavalo de batalha.

Ao longo de sua carreira, foi perseguido por pornografia, ultraje à bandeira nacional, difamação e por provocar "dano emocional".

Após a divulgação de um vídeo de 2005 no qual Donald Trump se vangloria de tocar as partes íntimas das mulheres sem o seu consentimento, aumenta a pressão para que se divulguem outras gravações, em particular as do programa "O Aprendiz", que o candidato apresentava.