A ONU continuará apoiando o processo de paz na Colômbia e poderá supervisionar o cessar-fogo bilateral entre o governo e as Farc, informou nesta terça-feira (18/10) o presidente do Conselho de Segurança, o embaixador russo Vitali Churkin.
O diplomata comentava o pedido de Bogotá e da guerrilha marxista "para que a missão da ONU vigie e verifique o cessar-fogo bilateral", apesar do fracasso do referendo para aprovar o acordo de paz.
O Conselho aguarda as recomendações do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, sobre o mandato da missão na Colômbia.
Churkin disse que o Conselho estimula os protagonistas para que "mantenham o impulso do processo de paz" e "reafirma seu pleno apoio a estes esforços".
O Conselho "não necessariamente" deve aprovar uma nova resolução, explicou Churkin. Basta que Ban lhe transmita por carta "recomendações sobre a missão da ONU na supervisão do cessar-fogo".
Prevendo a aprovação do acordo de paz no referendo do dia 2 de outubro na Colômbia, a ONU elaborou uma missão integrada por 450 observadores militares, que ficaria encarregada de verificar a entrega das armas por parte da guerrilha.
Mas para a surpresa geral, os colombianos rejeitaram o acordo por 50,2% dos votos, em um referendo marcado por uma abstenção de 62%.