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Obama ataca acusações de Donald Trump sobre eleições manipuladas

Trump também atacou "uma imprensa "totalmente desonesta", sem a qual Hillary Clinton "não seria nada", e afirmou que as pesquisas que apontam a vitória da candidata democrata estão erradas

Washington, Estados Unidos - O presidente Barack Obama classificou nesta terça-feira (19/10) de irresponsáveis as declarações do candidato republicano, Donald Trump, sobre uma manipulação das eleições presidenciais americanas. Durante entrevista coletiva nos jardins da Casa Branca ao lado do premier italiano, Matteo Renzi, o presidente americano surpreendeu ao afirmar que a "noção" de que as eleições sejam manipuladas "é irresponsável e não mostra o tipo de liderança e firmeza que uma pessoa deseja ver em um presidente".

Obama reafirmou que não existem evidências "de que isto tenha ocorrido no passado ou que vá ocorrer no futuro". "Aconselho o senhor Trump a parar de se queixar e a tratar de defender seus pontos de vista para obter votos". Para o presidente americano, "a democracia, por definição, funciona com [SAIBAMAIS]acordos e não com a força". "Jamais vi na história política moderna um candidato buscando desacreditar o processo eleitoral antes de que a votação ocorra".

"Reclamar antes do fim da partida?! Então não tem o que se precisa para este trabalho", enfatizou. Obama também questionou Trump por sua constante defesa do líder conservador russo Vladimir Putin. "O apoio de Trump à Rússia e o grau em que parece se inspirar no senhor Putin (...) também não tem precedentes na política americana".

"A verdade é que o senhor Trump raramente me surpreende nestes dias, o que me surpreende e me preocupa é o fato de líderes do Partido Republicano, que sempre foram contra os russos e até criticaram minha diplomacia com eles, agora estejam apoiando e repercutindo suas posições". Em um comício em Colorado Springs (Colorado), Trump ignorou as recomendações de Obama e denunciou que "há mortos" entre os que estão votando antecipadamente.



Trump também atacou "uma imprensa "totalmente desonesta", sem a qual Hillary Clinton "não seria nada", e afirmou que as pesquisas que apontam a vitória da candidata democrata estão erradas. "Será um novo Brexit", prometeu em referência ao inesperado resultado do referendo pela saída do Reino Unido da União Europeia, em junho passado.