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Jornalista acusa ex-presidente Bill Clinton de assédio em 1980

Na época conhecida como Leslie Derrick, ela contou que Bill a tocou três vezes em uma sala de edição da emissora onde trabalhava

Agência France-Presse
postado em 19/10/2016 18:50

Washington, Estados Unidos - A jornalista americana Leslie Millwee acusou o ex-presidente Bill Clinton de assédio em 1980, quando era governador do Arkansas, em um vídeo postado em um site pró-Donald Trump nesta quarta (19), horas antes do terceiro e último debate entre o republicano e a democrata Hillary Clinton.

Na época conhecida como Leslie Derrick, ela contou que Bill a tocou três vezes em uma sala de edição da emissora onde trabalhava.

"Estava sentada em uma cadeira. Ele se aproximou por trás e começou a acariciar minhas costas e a baixar as mãos para os meus peitos. Fiquei surpresa, paralisada. Pedi a ele que parasse, ele riu", contou a ex-repórter no vídeo disponível no site conservador www.breitbart.com.

Em outras duas vezes, Bill encostou nela, mesmo depois que a repórter pediu que parasse, de acordo com seu relato.

Millwee garantiu que Bill Clinton, que governou os Estados Unidos entre 1993 e 2001, também foi vê-la em sua casa.


A ex-jornalista disse que pensou em contar sua história, quando explodiu, em 1998, o escândalo da estagiária Monica Lewinsky, mas preferiu se manter anônima para proteger seus filhos. Na época, eles eram muito pequenos.

"Os veículos de comunicação ainda não exigiram dos Clinton explicações por seu comportamento e, se isso (seu testemunho) influenciar a imprensa e a eleição, eu comemoro", completou Millwee.

"Estou convencida de que não sou a única mulher que sofreu esse tipo de coisa por parte de Bill Clinton", acrescentou.

Em livro publicado em 2011, a ex-repórter contou apenas o episódio, no qual Bill Clinton tocou nas suas costas, de acordo com Breitbart.

"Não me surpreende se Donald Trump usar essa informação esta noite, ou nos próximos dias. Esperamos que faça qualquer tipo de coisa nos últimos dias" antes das eleições de 8 de novembro, declarou à rede MSNBC o porta-voz da candidata democrata, Brian Fallon.

Em agosto, Trump contratou o dono do Breitbart, Steve Bannon, para ser seu diretor-geral de campanha.

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