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Michel Aoun assegura presidência do Líbano

"Hoje anúncio a decisão de apoiar a candidatura do general Michel Aoun à presidência da República", anunciou o ex-primeiro-ministro sunita Saad Hariri

Agência France-Presse
postado em 20/10/2016 18:09

Beirute, Líbano - O ex-general Michel Aoun garantiu seu acesso à presidência do Líbano em 31 de outubro graças ao apoio dado nesta quinta-feira em Beirute por seu adversário político, o ex-primeiro-ministro sunita Saad Hariri.

"Hoje anúncio a decisão de apoiar a candidatura do general Michel Aoun à presidência da República. É uma decisão fruto da necessidade de proteger o Líbano, seu sistema [político] e o Estado", anunciou na coletiva de imprensa. O anúncio é vital já que o Líbano está sem presidente desde 2014.

[SAIBAMAIS]As instituições políticas estão paralisadas por causa, principalmente, dos antagonismos provocados pela guerra na vizinha Síria, entre partidários do regime de Bashar Al Assad (como o movimento xiita libanês Hezbollah, envolvido na guerra) e os detratores do poder de Damasco. As rivalidades entre cristãos também minaram o processo de eleição de presidente. Entre os aplausos do auditório, o ex-primeiro-ministro Hariri explicou que tinha chegado a um acordo com Aoun "para preservar o sistema político, reforçar o Estado, reativar a economia, tomar distância da crise síria".

"Queremos proteger nosso país dessa crise", insistiu. "Após a eleição do presidente da República, poderemos dar as mãos de novo" em benefício dos cidadãos "para reforçar nossa segurança interna e nossa união nacional". Aoun será eleito na 46; reunião do Parlamento organizada para eleger o presidente.

Até agora, a votação fracassou pos a maioria dos deputados, principalmente os favoráveis a Aoun e seus aliados xiitas do Hezbollah, tinhas boicotado as sessões precedentes. No Líbano, o presidente é eleito pelo Parlamento, de 128 deputados, divididos igualmente entre cristãos e muçulmanos. Segundo o pacto nacional de 1943, o presidente deve ser um cristão maronita, o primeiro-ministro, um muçulmano sunita, e o presidente do Parlamento, xiita.

Para ser eleito, Michel Aoun precisa da maioria absoluta dos deputados, o que se conseguiu com os votos de Saad Hariri, do Hezbollah e das Forças Libanesas.

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