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Começa na Alemanha julgamento de casal acusado de torturar mulheres

Os suspeitos teriam colocado o corpo de Anikka W. em um congelador para poder cortá-lo em pedaços e queimá-lo aos poucos em um forno a lenha

Agência France-Presse
postado em 26/10/2016 12:07
Paderborn, Alemanha - O julgamento de um homem e uma mulher acusados de ter sequestrado e torturado oito mulheres, duas delas até a morte, começou nesta quarta-feira em Paderborn, no oeste da Alemanha. Wilfried Wagener, de 46 anos, e Angelika Wagener, de 47, que foram casados, são acusados de ter torturado durante duas semanas uma mulher de 41 anos que sucumbiu aos seus ferimentos em um hospital.

A primeira audiência do julgamento terminou nesta quarta-feira após a leitura da ata de acusação. O processo deve durar vários meses, até a primavera boreal de 2017. Segundo a confissão de Angelika Wagener, o casal também teria matado em agosto de 2014 outra mulher, Annika W., de 33 anos, que havia se casado com Wilfried Wagener, e de quem havia se divorciado, embora continuassem vivendo juntos.

Os suspeitos teriam colocado o corpo de Anikka W. em um congelador para poder cortá-lo em pedaços e queimá-lo aos poucos em um forno a lenha. Os investigadores não encontraram rastros do corpo desta primeira vítima, mas identificaram impressões de DNA que provam que os acusados viveram na casa da vítima, uma fazenda em H;xter.

Wilfried Wagener, que já havia sido condenado por agressão e sequestro nos anos 1990, negou as acusações e culpa sua ex-mulher. Já Angelika Wagener afirma que agiu sempre sob a influência de seu marido, que também a maltratava. A investigação identificou ao menos outras seis vítimas que sobreviveram às torturas. Uma delas conseguiu fugir do local onde estava presa, e outras foram libertadas depois de pagar um resgate.



Na casa dos acusados a polícia encontrou mais de 100 mil euros. As vítimas, mulheres que sofriam de solidão, eram encontradas através de anúncios de encontros nos jornais. As mulheres iam até a fazenda dos Wagener, onde eram sequestradas e torturadas. O Ministério Público suspeita que existam outras vítimas e está investigando um possível caso de estupro.

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