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Preso suposto cúmplice de brasileiro que matou família na Espanha

Os quatro corpos embrulhados em sacos plásticos foram encontrados pela polícia espanhola em 18 de setembro na casa da família em Pioz, cerca de 60 km a leste de Madri

A polícia brasileira prendeu nesta sexta-feira (28/10) um suposto cúmplice do brasileiro de 19 anos, suspeito de ter assassinado e esquartejado membros de sua família na Espanha, que teria lhe dado "conselhos em tempo real pelo WhatsApp".

Amigo íntimo de François Patrick Nogueira Gouveia, que confessou ter matado seu tio, tia e os dois filhos do casal em agosto, Marvin Henriques Correia, de 18 anos, foi preso em João Pessoa e colocado em prisão preventiva.

[SAIBAMAIS]Os quatro corpos embrulhados em sacos plásticos foram encontrados pela polícia espanhola em 18 de setembro na casa da família em Pioz, cerca de 60 km a leste de Madri.

"Durante a execução do crime, Patrick trocou mensagens no WhatsApp em tempo real com o suspeito preso na Paraíba. Patrick perguntava como agir, como esconder os corpos, o que fazer", disse o delegado Reinaldo Nobrega.



Segundo a polícia, imagens dos corpos cortados em pedaços foram encontradas no celular do suposto cúmplice.

"Ele só acreditou que Patrick havia realmente matado a família quando viu as fotos. Mas mesmo sabendo que o crime tinha sido cometido, ele continuou a ajudar Patrick, o que faz dele um cúmplice", disse Nobrega.

A Polícia Civil brasileira explicou que Marvin Henriques Correia não pode ser extraditado para a Espanha e responderá à justiça no Brasil. Sua audiência está marcada para a próxima segunda-feira.

Após retornar voluntariamente para a Espanha em 19 de outubro para ser interrogado pelos investigadores da Guarda Civil espanhola, François Patrick Gouveia Nogueira disse ter se rendido a um "desejo incontrolável de matar".

O jovem, descrito como uma pessoa solitária, egocêntrica e narcisista, propenso a beber, foi indiciado pelo assassinato do casal e morte de duas crianças, com idades entre três e um ano.

A família Nogueira foi morta em 17 de agosto e a cena do crime foi descoberta um mês depois por um vizinho intrigado pelo mau cheiro.