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Unidades das tropas iraquianas tentam entrar em Mossul

As forças do Comando Antiterrorista Iraquiano (CTS), tropas de elite, esperam entrar nesta terça-feira em Mossul, segunda maior cidade do Iraque e reduto do EI

Agência France-Presse
postado em 01/11/2016 09:55
As forças do Comando Antiterrorista Iraquiano (CTS), tropas de elite, esperam entrar nesta terça-feira em Mossul, segunda maior cidade do Iraque e reduto do EI
Erbil, Iraque - As unidades de elite do exército do Iraque tentarão entrar nas próximas horas em Mossul, onde os combatentes do grupo Estado Islâmico (EI) terão as opções de "rendição ou morte", nas palavras do primeiro-ministro Haider al-Abadi. "Vamos estreitar o cerco ao redor do EI a partir de todas as frentes", disse Al-Abadi em um discurso na segunda-feira à noite.

Os extremistas "não têm escapatória, podem morrer ou render-se", completou. As forças do Comando Antiterrorista Iraquiano (CTS), tropas de elite, esperam entrar nesta terça-feira em Mossul, segunda maior cidade do Iraque e reduto do EI. "Avançamos até Gogjali", uma localidade próxima aos bairros da zona leste de Mossul, afirmou à AFP un comandante do CTS, Abdelwahab al Saadi.

"Nossa próxima etapa será entrar nos bairros de Al-Zahra e Al-Karama, que ficam na zona leste de Mossul", disse. A entrada das forças de elite na aglomeração de Mossul seria um momento simbólico [SAIBAMAIS]para a ofensiva de reconquista da cidade, sob controle do EI há dois anos, iniciada em 17 de outubro . Mas as tropas antiterroristas terão que aguardar a chegada de reforços antes de avançar para o centro da cidade, onde as estimativas americanas indicam que estariam entrincheirados de 3.000 a 5.000 extremistas.

Dezenas de milhares de militares iraquianos, apoiados por ataques aéreos da coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos, avançam em várias frentes rumo a Mossul. Ao leste e ao norte da cidade, os combatentes curdos consolidaram suas posições nas localidades tomadas nos últimos dias, depois que expulsaram os jihadistas. Ao sul de Mossul, as forças do governo federal prosseguem com seu avanço, mas ainda estão a vários quilômetros da periferia da cidade. Do lado oeste, as forças paramilitares Hashd al-Shaabi (Unidades de Mobilização Popular), controladas pelas milícias xiitas, tentam cortar as linhas de reabastecimento do EI com a Síria.

Estas forças reconquistaram uma série de localidades no avanço para Tal Afar, uma cidade estratégica para o califado proclamado pelo EI. Os líderes da Hashd al-Shaabi afirmam que não almejam entrar em Mossul, uma cidade de maioria sunita, mas no campo de batalha os comandantes não são tão categóricos. O primeiro objetivo das forças iraquianas e de seus aliados é cercar completamente Mossul, deixando abertos alguns corredores humanitários para permitir a fuga dos civis.



Depois pretendem avançar até o centro da cidade, onde devem travar combates violentos nas ruas com os jihadistas. Desde o início da ofensiva, quase 18.000 pessoas fugiram de suas casas, de acordo com a Organização Internacional para as Migrações (OIM). A ONU teme que os futuros combates poderiam provocar a fuga de um milhão de pessoas de Mossul, onde moram atualmente 1,5 milhão de iraquianos, o que resultaria em uma catástrofe humanitária.

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