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FBI surpreende ao publicar velha investigação sobre Bill Clinton

Questionado sobre o momento escolhido para divulgar essa investigação, o FBI respondeu que a proximidade das eleições é pura coincidência

Agência France-Presse
postado em 02/11/2016 00:13
O FBI (a Polícia Federal americana) tornou pública, nesta terça-feira (1;), uma antiga investigação sobre o polêmico perdão concedido pelo então presidente Bill Clinton ao trader Marc Rich, um fato inesperado a uma semana das eleições.

A publicação na Internet desse relatório de 129 páginas sobre uma investigação encerrada em 2005 foi anunciada hoje em uma conta no Twitter dedicada a um serviço administrativo do FBI que arquiva os documentos divulgados no âmbito da Lei de Liberdade Informação (FOIA, na sigla em inglês).

Enquanto todo o país acompanha, em clima de suspense, a reabertura da investigação sobre o uso de e-mails por parte da candidata democrata, Hillary Clinton, essa publicação referente a um caso antigo e encerrado sobre seu marido levantou inúmeros questionamentos.

"A menos que isso corresponda a uma data limite de um procedimento FOIA, aqui tem algo raro", comentou o porta-voz de Hillary, Brian Fallon.

Questionado pela AFP sobre o momento escolhido para divulgar essa investigação, o FBI respondeu que a proximidade das eleições é pura coincidência.

"Segundo o procedimento vigente da FOIA, esses documentos foram declarados livres para serem publicados e foram postos on-line de modo automático", declarou o FBI.

As interrogações sobre a atitude do FBI se viram reforçadas pela menção a novas publicações sobre esse assunto.

Em 20 de janeiro de 2001, no último dia de sua presidência, Bill Clinton anistiou uma série de pessoas, entre elas Marc Rich (falecido em 2013), questionado por duvidosas operações no mercado de matérias-primas e por tráfico de influências.

Denise, a ex-mulher de Rich, apoiou os democratas financeiramente na campanha presidencial e doou generosas quantias àquela que se transformaria na Fundação Clinton.

O atual diretor do FBI, James Comey, então procurador, foi o acusador no caso Rich e também investigou as polêmicas anistias de Bill Clinton.

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