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Acidente com trens deixa ao menos 17 mortos no Paquistão

Um funcionário do governo de Karachi, Nasir Nazeer, disse que até mil passageiros poderiam estar nos dois trens no momento da tragédia

Agência France-Presse
postado em 03/11/2016 08:10
As equipes de emergência, com gruas e outros equipamentos, tentavam resgatar as pessoas presas nas ferragens
Karachi, Paquistão - Ao menos 17 pessoas morreram e dezenas ficaram feridas nesta quinta-feira (03/11) em um choque de trens que transportavam centenas de passageiros na cidade de Karachi, sul do Paquistão. Testemunhas descreveram cenas de terror, quando um trem entrou em alta velocidade na estação de Quaidabad e bateu em uma composição que estava parada, um grande impacto, seguido por gritos dos passageiros.

As equipes de emergência, com gruas e outros equipamentos, tentavam resgatar as pessoas presas nas ferragens. Um funcionário do governo de Karachi, Nasir Nazeer, disse que até 1.000 passageiros poderiam estar nos dois trens no momento da tragédia. Nazeer não divulgou um um balanço de vítimas, mas a porta-voz do hospital Jinnah de Karachi, Seemi Jamali, informou à AFP a morte de 17 pessoas. Alguns minutos antes, ela disse que o centro médico havia recebido 50 feridos.

O acidente aconteceu quando o Zakria Express procedente de Multan, uma importante cidade da região de Punjab (centro), bateu contra o Farid Express, que partira de Lahore e estava parado na estação de Quaidabad, também chamada Jumma Goth, na zona leste de Karachi. Ajab Gul, funcionário de uma fábrica, disse à AFP que seguia para o trabalho quando presenciou o acidente.



"De repente, um trem entrou a toda velocidade e bateu no que estava parado", disse, antes de definir o som do impacto como "enorme". "Havia nuvens de poeira e fumaça. Depois ouvimos os gritos. As pessoas dentro dos trens gritavam e choravam", declarou Gul. Os acidentes ferroviários são frequentes no Paquistão, que tem uma ampla rede ferroviária herdada da época colonial mas que está em péssimo estado. A corrupção, a má gestão e a falta de investimentos explicam a decadência.

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