Cabul, Afeganistão - Dois soldados americanos da Otan morreram nesta quinta-feira (03/11) e dois ficaram feridos em uma operação em Kunduz, cidade do norte do Afeganistão que é cenário de combates frequentes entre as forças afegãs e os talibãs. "Os militares se viram presos sob o fogo cruzado durante uma missão com nossos aliados afegãos contra uma posição dos talibãs no distrito de Kunduz", afirma um comunicado da operação da Otan no Afeganistão, Resolute Support (Apoio Decidido).
Nenhum grupo reivindicou a ação até o momento, que evidencia a insegurança crescente na cidade, que os talibãs tentaram conquistar no mês passado pela segunda vez em um ano. "Esta perda parte nosso coração", escreveu o general John Nicholson, que comanda as forças americanas e a operação da Otan no Afeganistão, ao expressar os pêsames às famílias e amigos das vítimas.
Ele destacou que, "apesar dos acontecimentos trágicos de hoje, permanecemos firmes em nosso compromisso de ajudar nossos sócios afegãos e de defender sua nação". As mortes aconteceram a apenas cinco dias das eleições presidenciais dos Estados Unidos. Hillary Clinton e Donald Trump fizeram poucas menções durante a campanha ao Afeganistão, onde as forças americanas realizam a missão mais longa de sua história, sem uma previsão de saída.
Desde a retirada da maioria das tropas ocidentais no fim de 2014, a operação "Resolute Support" conta com 12 mil militares, quase 10 mil deles americanos. Sua missão é sobretudo formar, assessorar e assistir as forças afegãs em sua luta contra os talibãs e o grupo Estado Islâmico (EI).