Nairóbi, Quênia - O meio-irmão do presidente americano Barack Obama, Malik, comemorou nesta quarta-feira a vitória na eleição dos Estados Unidos de Donald Trump, que ele chamou, estranhamente, de "Malcolm X branco".
Originário de uma pequena aldeia no oeste do Quênia, Malik Obama se juntou recentemente a causa de Donald Trump após acusar seu irmão mais novo de desonestidade, arrogância e de não ter feito mais pelo Quênia e sua família queniana.
Malik, que teria segundo a imprensa americana acumulado vários milhares de dólares vendendo cartas do jovem Barack Obama, tem dupla cidadania queniana e americana e vota nas eleições dos Estados Unidos desde 1985.
Em sua imagem de perfil no Twitter, ele aparece com um gorro vermelho com o slogan da campanha de Donald Trump, que o havia convidado para um debate eleitoral em Las Vegas. Ele também publicou uma foto sua votando no candidato republicano.
"Felicito o presidente Trump! Deus é grande", lançou no Twitter o autor de uma desastrosa tentativa de entrar na política no Quênia, em 2013.
Ecoando seu novo favorito, e escrevendo em letras maiúsculas, chamou a democrata Hillary Clinton de "DESONESTA" e denunciou a "MÍDIA CORRUPTA!".
Sem dar explicação, Malik Obama disse ver na magnata "um Malcolm X reincarnado, um Malcolm X branco", referindo-se ao lendário e controverso defensor dos direitos civis dos negros americanos.
Barack Obama nasceu no Havaí de uma mãe americana e pai queniano que ele mal conheceu. O pai saiu de casa e deixou os Estados Unidos quando seu filho tinha 2 anos e meio e morreu em 1982 em um acidente de carro aos 46 anos.
No Quênia, a matriarca da família Obama, Sarah, que Obama considera sua avó, revelou-se fatalista diante da vitória de Donald Trump: "Ele tem (a presidência), e foi Deus que lhe deu, quem sou eu para me opor? Teria sido o mesmo se Clinton fosse escolhida, eu não tenho o que dizer".
Por France Presse