postado em 10/11/2016 22:08
Michelle Obama e Melania Trump se conheceram nesta quinta-feira (10/11) na Casa Branca, enquanto seus respectivos maridos buscavam no Salão Oval organizar a transição presidencial.
O primeiro encontro entre essas duas mulheres tão diferentes aconteceu longe dos jornalistas.
"Michelle teve a oportunidade de receber a futura primeira-dama e tivemos uma excelente conversa com ela", comentou o presidente Barack Obama no Salão Oval, com Donald Trump sentado ao seu lado.
Geralmente durante o primeiro encontro entre a primeira-dama e sua sucessora elas conversam sobre a maneira de viver na Casa Branca e a criação dos filhos, entre outros temas.
Michelle Obama, de 52 anos, primeira esposa negra de um presidente da história americana e advogada formada em Harvard, deixará a Casa Branca em 20 de janeiro com uma forte popularidade. Muito carismática, Michelle tem 79% de aceitação, segundo uma pesquisa do Gallup sobre a popularidade das primeiras-damas. É mais popular que seu marido.
Melania Trump, de 46 anos, ex-modelo de origem eslovena, ainda tem muito por fazer, já que conta com 28% de opiniões favoráveis contra 32% desfavoráveis, os piores números para uma futura primeira-dama desde os anos 1980, segundo Gallup.
A esposa de Trump participou muito pouco da campanha. Preferiu ficar em casa, um triplex no alto da torre Trump em Nova York, para cuidar de Barron, o filho de 10 anos que tem com o futuro presidente.
Em contrapartida, Michelle Obama participou da campanha. Com discursos cativantes e uma energia formidável, falou em vários atos nos quais não escondeu sua preferência por Hillary Clinton.
Em meados de outubro criticou a atitude "apavorante" de Donald Trump com as mulheres. E na convenção democrata de julho denunciou a existência de um "discurso de ódio (...) que não representa o espírito do país", mas sem nomear o magnata.
Elegância moderna
Muitas vezes enaltecida por sua elegância moderna e glamourosa, Michelle foi uma mulher muito ativa na Casa Branca. Ela se envolveu na luta contra a obesidade infantil, apoiou as famílias dos militares e no ano passado lançou junto a seu marido uma iniciativa para melhorar o nível de escolaridade das meninas no mundo.
Melania Trump, sempre bem arrumada e sorridente, é muito mais reservada, e pretende ser uma primeira-dama mais clássica.
Na convenção republicana de julho, foi criticada por ter copiado em seu discurso passagens de uma fala pronunciada por Michelle Obama na convenção democrata de 2008.
A assessora que redigiu seu discurso reconheceu sua culpa e Melania Trump sumiu do cenário político.
Recentemente retornou à cena com um discurso em que, visivelmente intimidada, defendeu os "valores americanos, a gentileza, honestidade, respeito, compaixão e generosidade".
"Temos que encontrar uma maneira melhor de nos falarmos, de estar em desacordo e de nos respeitarmos", declarou.
Esta mulher, que se diz "muito independente", declarou que caso se tornasse a primeira-dama iria "advogar pelas mulheres e pelas crianças" e lutar contra o assédio pela Internet.
Melania Trump, que fala inglês com um forte sotaque, além de outros idiomas, e obteve a cidadania americana em 2006, será em 20 de janeiro a segunda primeira-dama nascida no exterior desde Louisa Adams, esposa do presidente John Quincy Adams (1825-19829), nascida na Inglaterra.
A futura primeira-dama, que foi modelo na França e na Itália e sempre defendeu seu marido quando foi fortemente criticado por seus polêmicos discursos de campanha, chegou aos Estados Unidos em 1996, onde dois anos mais tarde conheceu Trump, tornando-se sua terceira esposa.
Apesar das diferenças, Michelle e Melania possuem algo em comum: ambas medem 1,80 metro.
Por France-Presse