postado em 10/11/2016 22:51
O grito "não é meu presidente" voltou a ecoar nesta quinta-feira (10/11), sendo repetido por milhares de pessoas - estudantes em sua maioria -, em protestos em várias cidades dos Estados Unidos contra a vitória de Donald Trump.
Centenas de alunos da prestigiosa Universidade de Los Angeles (UCLA) se reuniram no campus para expressar sua frustração com o resultado eleitoral de terça-feira (8/11).
"Estou muito enojada, frustrada. Recebi a notícia da eleição chorando (...). É asqueroso que esse racista, fascista, homofóbico vá liderar esse país que deu gigantescos passos para frente com o governo de [Barack] Obama. Agora, damos um passo gigante para trás", disse à AFP a estudante de Letras Aneesa Yousefi, de 21 anos.
Os discursos nos microfones foram aumentando de tom.
"Não no renderemos! Em quatro anos, verão", lançou uma estudante entre os aplausos da pequena audiência.
"Temos de nos unir contra Trump, todas as minorias", defendeu Daisy Rivera, de 24, que tinha um cartaz em espanhol, que dizia "O povo unido jamais será vencido".
Em São Francisco, 560 km ao norte de Los Angeles, estudantes de uma escola de Ensino Médio bloquearam o trânsito para marchar até a prefeitura.
"Protestamos, porque queremos defender nossos direitos e merecemos ser ouvidos", disse Pamela Campos, de 18, ao jornal San Francisco Chronicle.
Cerca de 200 pessoas também se concentraram no Washington Square Park de Manhattan. Protestos foram registrados em outras cidades dos estados da Califórnia e do Texas.
Na quarta-feira, milhares de pessoas já haviam tomado as ruas do país para expressar sua indignação com a surpreendente vitória do magnata. No fim de semana, novas mobilizações são esperadas.
Por France-Presse