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EUA: possível recontagem de votos na Pensilvânia, além de Wisconsin

Comissão Eleitoral do estado informou que está se "preparando para seguir adiante com a recontagem estadual dos votos para presidente dos Estados Unidos"

postado em 25/11/2016 23:34
A ex-candidata da Casa Branca pelo Partido Verde, Jill Stein, anunciou nesta sexta-feira (25/11) ter reunido recursos suficientes para solicitar a recontagem de votos da eleição presidencial na Pensilvânia, após solicitar a mesma operação em Wisconsin, dois estados muito disputados em que Donald Trump venceu.
A Comissão Eleitoral do Wisconsin informou que está se "preparando para seguir adiante com a recontagem estadual dos votos para presidente dos Estados Unidos", a pedido de Stein.

O prazo para a conclusão da recontagem vence em 13 de dezembro e por isso o organismo deverá trabalhar rapidamente, informou.

Stein anunciou em seu site mais cedo ter arrecadado mais de 4,8 milhões de dólares, dos sete necessários para financiar uma nova recontagem em três estados-chave: Wisconsin (norte), Pensilvânia (leste) e Michigan (norte).

"Agora que terminamos de captar fundos para a recontagem de votos em Wisconsin (onde vamos iniciar os procedimentos na sexta-feira) e na Pensilvânia (na segunda-feira), vamos nos concentrar em obter os fundos necessários para a recontagem de votos em Michigan" até quarta-feira, informou o site da candidata.

"Essas novas recontagens fazem parte de um movimento eleitoral que busca assegurar a integridade (do processo) e mostrar que o sistema eleitoral americano é pouco confiável", acrescenta a página.

A equipe de campanha de Stein encontrou "anomalias estatísticas" nos três estados, que "suscitam dúvidas".

Essas novas recontagens relançam a controvérsia sobre a segurança do sistema eleitoral americano, depois que os Estados Unidos acusaram a Rússia de ter orquestrado espionagens informáticas (incluindo o Partido Democrata) para influenciar na corrida eleitoral.

Nacionalmente, a candidata democrata Hillary Clinton conseguiu dois milhões de votos a mais que seu rival republicano, segundo os cálculos do Cook Political Report.

A vantagem de 1,5 ponto não muda em nada o resultado da eleição, pois Trump conseguiu a maioria dos delegados do Colégio Eleitoral (290 contra 232) para chegar à Casa Branca.

Clinton aceitou sua derrota. Ela perdeu em Wisconsin (10 delegados) por 27.000 votos e Pensilvânia (20 delegados) por 60.000 votos. Em Michigan (16 delegados), a diferença seria de 10.704 votos, segundo dados ainda não oficiais.
Por France-Presse

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