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Chanceler russo garante que comboios humanitários poderão passar por Aleppo

No passado, Moscou declarou tréguas, de forma unilateral, e estabeleceu corredores humanitários, mas a ONU nunca os utilizou por falta de garantias de segurança

postado em 02/12/2016 18:23

Roma, Itália - O chanceler russo, Sergei Lavrov, garantiu nesta sexta-feira, em Roma, que os comboios com ajuda humanitária para Aleppo estarão "seguros" nesta cidade síria cercada.

"Informamos às Nações Unidas, tanto em Nova York como em Genebra, que não há problemas para a entrega de ajuda humanitária à zona leste de Aleppo", disse Lavrov, durante uma coletiva de imprensa na capital italiana organizada ao fim de uma reunião com o ministro das Relações Exteriores italiano, Paolo Gentiloni.

"Temos que entrar em acordo com o governo sírio para a passagem destes comboios, que não constituem ameaça alguma. A ONU está estudando como proceder", explicou, segundo a tradução de suas declarações.

"Enquanto eles estudam (os funcionários da ONU), a Rússia, como vocês sabem, enviou ajuda humanitária adicional para essa área de Aleppo, assim como dois hospital móveis, médicos, equipes de saúde e remédios. Acredito que os países que não são indiferentes ao destino da população civil síria devem seguir o exemplo", insistiu.


A Rússia, aliado do governo sírio, propôs a criação de quatro corredores humanitários na parte leste de Aleppo, segundo informou na véspera um funcionário da ONU, que esperava retirar os feridos e entregar a ajuda à população da cidade cercada pelas forças do governo.

No passado, Moscou declarou tréguas, de forma unilateral, e estabeleceu corredores humanitários, mas a ONU nunca os utilizou por falta de garantias de segurança.

Diante da "falta de ação" da ONU no conflito, "animamos todo esforço que permita criar as condições para ativar um processo de negociação baseado na necessidade de salvaguardar os interesses do povo sírio", disse Lavrov.

O ministro russo reiterou seu chamado aos grupos rebeldes para "cortarem todo contato com os terroristas".

Por France Presse

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