postado em 05/12/2016 08:33
Os fabricantes de armas europeus e russos aumentaram suas vendas de armas em 2015, em um mercado que continua dominado pelos grupos americanos, segundo o relatório publicado nesta segunda-feira (5/12) pelo Instituto Internacional de Estudos para a Paz de Estocolmo (SIPRI).
As empresas ocidentais monopolizam os 12 primeiros lugares da classificação dos 100 principais vendedores de armas e serviços militares no mundo, na qual os chineses não aparecem devido à ausência de dados confiáveis.
O primeiro lugar da lista é ocupado pela americana Lockheed Martin (36,4 bilhões de dólares de faturamento), seguida pela Boeing (28,7 bilhões de dólares) e pelo britânica BAE Systems (25,5 bilhões).
O total de venda de armas diminuiu 0,6% em 2015, a quinta queda consecutiva, se estabelecendo em 370,7 bilhões de dólares.
Os grupos americanos captaram 56,6% do mercado em 2015, em queda de 2,9% em relação a 2014.
A baixa se deve ao controle do gasto público, incluindo militar, nos Estados Unidos, e à força do dólar, que prejudica as exportações, indicou o relatório do SIPRI.
Por sua vez, os fabricantes da Europa ocidental registraram um crescimento de 6,6% com uma parcela do mercado de 25,8%, à frente dos russos, que captaram 8,1% das vendas.
"Vários importantes contratos de exportação em 2015, como no Egito e no Catar, aumentaram as vendas das empresas francesas", explicou a pesquisadora Aude Fleurant.
Os fabricantes franceses, liderados pela Dassault, Thales e Safran, registraram um aumento de 13,1% das vendas, superando os alemães (%2b7,4%) ou britânicos ( 2,8%) da lista "top 100".
Para os russos, o crescimento "reflete o compromisso russo de Defesa de financiar a compra de equipamento militar, apesar das dificuldades econômicas", indicou o SIPRI.
Mas as empresas russas também obtiveram contratos fora de suas fronteiras, particularmente em Índia, China e Vietnã.
No entanto, para os fabricantes russos os melhores anos já passaram.
Os 13 principais grupos russos aumentaram suas vendas em 6,2% em 2015, contra 48,4% entre 2013 e 2014.
Por France Presse