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Presidente da Coreia do Sul pede desculpas e recomenda ordem no país

Parlamento aprova, por 234 votos a 56, o impeachment da presidente Park Geun-hye. Acusada de corrupção, líder se desculpa, pede a autoridades que mantenham a ordem e repassa cargo ao premiê. Corte Constitucional anunciará decisão em seis meses

Rodrigo Craveiro
postado em 10/12/2016 06:00

Manifestantes se reúnem do lado de fora do prédio da Assembleia Nacional
Era necessário que 200 dos 300 parlamentares da Assembleia Nacional avalizassem o afastamento da presidente sul-coreana, Park Geun-hye, para o andamento do processo de impeachment. Por surpreendentes 234 votos a 56, a chefe de Estado foi afastada do cargo por 180 dias. Como previsto, dezenas de legisladores do partido governista Saenuri se rebelaram contra a mandatária e aprovaram a impugnação do cargo. ;Quero pedir desculpas a todos os sul-coreanos por este caos nacional que criei por minha negligência, no momento em que nosso país enfrenta tantas dificuldades, da econômica à defesa nacional;, declarou Park, em rede nacional de televisão.

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[SAIBAMAIS] ;Eu aceito solenemente as vozes da Assembleia Nacional e do povo e, sinceramente, espero que a atual confusão chegue ao fim de maneira ordeira. Eu responderei com calma aceitação a uma ordem de impeachment da Corte Constitucional, de acordo com os procedimentos estipulados pela Constituição e pelas leis, bem como a uma investigação de um conselho independente;, acrescentou Park.

O primeiro-ministro, Hwang Kyo-ahn, assumiu o poder às 19h03 de ontem (8h03 em Brasília), manteve uma reunião de emergência com o gabinete e uma sessão do Conselho de Segurança Nacional. ;Sob quaisquer circunstâncias, nós manteremos a estabilidade do funcionamento do país;, prometeu o novo presidente interino, ao pedir perdão à população pela situação da Coreia do Sul. Em seis meses, os nove juízes da Corte Constitucional deverão estudar o processo de impeachment e anunciar se Park perderá ou não o poder. ;Tanto os que estão a favor, como os que estão contra, todos os deputados, assim como o povo sul-coreano, devem se sentir abatidos;, disse o presidente da Assembleia Nacional, Chung Se-Kyun.

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