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Human Rights denuncia execuções de supostos membros do EI no Iraque

Segundo a ONG, as execuções aconteceram em 29 de novembro próximo ao povoado de Shayalat al-Imam, 70 quilômetros ao sul de Mossul, o último reduto do EI no Iraque que há dois meses é alvo de uma ampla ofensiva das forças iraquianas

postado em 18/12/2016 11:22
Bagdá, Iraque - Pelo menos quatro prisioneiros acusados de pertencer ao grupo extremista Estado Islâmico (EI) foram executados em novembro por milicianos pró-governo no norte do Iraque, denunciou neste domingo a organização de defesa dos direitos humanos Human Rights Watch (HRW).

Segundo a ONG, as execuções aconteceram em 29 de novembro próximo ao povoado de Shayalat al-Imam, 70 quilômetros ao sul de Mossul, o último reduto do EI no Iraque que há dois meses é alvo de uma ampla ofensiva das forças iraquianas. "O governo iraquiano tem que dizer claramente que as milícias que o apoiam não têm permissão para maltratar ou executar prisioneiros, sejam quais forem os crimes que supostamente tenham cometido", disse em um comunicado Lama Fakih, subdiretora para o Oriente Médio da HRW.

[SAIBAMAIS]Os moradores de Shayalat al-Imam viram milicianos executarem na Praça do Povo um homem chamado Ahmed, que segundo seu irmão havia apoiado o EI logo que decidiu voltar com sua família, explica a HRW. Os habitantes também contaram ter visto os cadáveres de três homens que foram presos por um grupo paramilitar, ainda que não tenham presenciado sua execução.

Segundo um responsável local citado pela HRW, os milicianos pertenciam ao grupo Hashd al-Jubur e eram membros da tribo Jubur. Em sua reconquista das cidades que o EI tomou em 2014, as forças iraquianas tiveram o apoio das forças paramilitares chamadas Unidades de Mobilização Popular (Hashd al-Shaabi, em árabe).

Estas forças, formadas em sua maioria por milícias xiitas apoiadas pelo Irã, também incluem grupos sunitas e cristãos, e foram acusadas em inúmeras ocasiões de execuções, sequestros e destruições.
Por France Presse

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