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Ativistas pressionam pelo fim do Colégio Eleitoral nos EUA

Observadores políticos descartam a possibilidade de uma reviravolta no resultado da disputa, mas o cenário reacende as críticas ao sistema político

postado em 19/12/2016 06:01
Descontentes com a vitória de Donald Trump protestam contra o sistema indireto de eleição do presidente: discutível, porém duradouro
Quando foi eleita senadora pelo estado de Nova York, em 2000, Hillary Clinton prometeu apresentar um projeto de emenda constitucional para mudar o sistema de voto indireto nos Estados Unidos e abolir o Colégio Eleitoral. A proposta nunca seguiu adiante e, 16 anos mais tarde, a desistência assombra uma das maiores frustrações da ex-candidata à Casa Branca. Os membros da mesma instituição criticada pela ex-primeira-dama reúnem-se hoje para escolher oficialmente o sucessor de Barack Obama. O encontro coincide com a pressão de militantes democratas para que seja considerada a vitória de Hillary sobre Donald Trump no voto popular, na eleição de 8 de novembro. Observadores políticos descartam a possibilidade de uma reviravolta no resultado da disputa, mas o cenário reacende as críticas ao sistema político.


A ex-secretária de Estado superou Trump em cerca de 3 milhões de votos populares ; ou seja, aquele registrado pelos eleitores comuns nas cédulas de votação. Mas, nos EUA, quem decide a disputa pela Casa Branca são os 538 delegados ao Colégio Eleitoral. Eles representam cada um dos 50 estados, mais o Distrito de Colúmbia (a capital, Washington), e devem se manifestar em apoio ao vencedor da disputa nos respectivos estados. Apenas Maine e Nebraska fazem uma divisão que permite o voto heterogêneo de seus delegados.

Rebelião improvável


A expectativa é de que o republicano seja formalmente eleito hoje, com 306 votos, contra 232 para a democrata. Em teoria, é possível que alguns delegados não registrem o voto no candidato que venceu no estado que representam, mas seria necessário que ao menos 37 desses eleitores se rebelassem para impedir a vitória de Trump. ;Esse é um número enorme, e eles representam estados;, observa Jeb Barnes, professor de ciência política na University of Southern California.

Até hoje, apenas um dos membros do Colégio Eleitoral do Texas, o republicano Chris Spurun, afirmou abertamente que não votará em Trump, apesar de ele ter conquistado maioria entre o eleitorado texano. Mas apoiadores do Partido Democrata e pessoas que criticam o sistema por dar a vitória a alguém que não foi o escolhido pela maioria, nacionalmente, fizeram campanha para tentar mudar o placar da votação de hoje.

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