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Conselho de Segurança da ONU vota nesta quinta sobre colônias israelenses

Projeto promovido pelo Egito exige a paralisação da colonização israelense em territórios palestinos

postado em 22/12/2016 08:40
O Conselho de Segurança das Nações Unidas votará nesta quinta-feira um projeto de resolução promovido pelo Egito que exige a paralisação da colonização israelense nos territórios palestinos, informaram fontes diplomáticas.

Uma resolução similar foi vetada pelos Estados Unidos em 2011, e não está claro qual será a reação de Washington.

O Egito fez circular o projeto nesta quarta-feira e a votação está programada para às 20H00 GMT (18H00 Brasília) de quinta.

[SAIBAMAIS]A ONU afirma que a colonização é ilegal e exortou Israel diversas vezes a acabar com ela, mas tem constatado o ressurgimento da construção de casas nos territórios palestinos nos últimos meses.

O projeto de resolução exige que "Israel cesse completa e imediatamente todas as atividades dos assentamentos nos territórios palestinos ocupados, incluindo Jerusalém oriental".

Os assentamentos israelenses são considerados um dos principais obstáculos nos esforços de paz, pois ocorrem em terras que os palestinos consideram parte de seu futuro estado.

O texto afirma que os assentamentos "colocam em risco a viabilidade da solução de dois estados", que preconiza a criação de um estado palestino independente coexistindo com Israel.

O documento também exorta Israel a dar "passos imediatos" para reverter a situação no terreno, assim como para prevenir atos de violência contra civis, mas não se dirige de forma específica aos palestinos para deter sua instigação, como exige Israel.

Os diplomatas especulam há semanas sobre se o governo dos Estados Unidos vetará mais uma vez uma resolução condenando seu aliado Israel.

O governo de Barack Obama tem expressado uma crescente desaprovação com a política de Israel nos territórios palestinos e se especula que possa lançar uma iniciativa final antes da conclusão do mandato, em 20 de janeiro.

No mês passado, Israel revelou planos para construir 500 novas casas de colonos em Jerusalém oriental, após a eleição de Donald Trump para a presidência dos EUA.

Por France Presse

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