O regime sírio retomou nesta quinta-feira (22/12) o controle total de Aleppo, a segunda cidade do país, conquistando a sua maior vitória frente aos rebeldes desde o início da guerra, em 2011.
"Graças ao sangue dos nossos mártires e aos sacrifícios das nossas valorosas forças armadas, assim como das forças auxiliares e aliadas (...), o estado-maior das forças armadas anuncia o retorno da segurança a Aleppo, após sua libertação do terrorismo e dos terroristas e da saída daqueles que ali permaneciam", anunciou o exército sírio em um comunicado.
"Esta vitória representa uma ginada estratégica (...) na guerra contra o terrorismo (...), reforça a capçacidade do exército sírio e seus alidos a vencer a batalha contra os grupos terroristas e estabelece as bases de uma nova fase para tirar o terrorismo de todo o território da República Árabe Síria", indicou o texto.
O anúncio foi feito depois da saída do último comboio de rebeldes e civis de Aleppo, ex-reduto rebelde da metrópole, que caiu após um mês de uma violenta campanha de bombardeios aéreos e terrestres.
Ao perder seu bastião, transformado em ruínas após os violentos bombardeios, os rebeldes sofreram seu pior revés desde o início da guerra.
O último comboio transportando rebeldes e civis deixou Aleppo na noite desta quinta-feira, abrindo o caminho para o anúncio por parte do regime da recuperação total da segunda cidade da Síria, anunciou a TV estatal.
"Os quatro últimos ônibus transportando os terroristas e suas famílias chegaram a Ramussa", bairro do sul de Aleppo, controlado pelas tropas governamentais, indicou o canal.
"O último comboio deixou a região controlada pelos rebeldes", afirmou um encarregado do grupo rebelde Ahrar al-Cham, Ahmad Qorra Ali.
O retorno de Aleppo ao controle total das forças governamentais é "uma grande perda" para os insurgentes que combatem o regime de Bashar Al Assad, avaliou um líder rebelde.
"No campo político, é uma grande perda", admitiu Yasser al Yussef, encarregado do escritório político do grupo rebelde Nurredin al Zinki. "Para a revolução é um período de retirada e uma reviravolta difícil", declarou à AFP.
Por France Presse