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Cessar-fogo na Síria: Washington saúda "evolução positiva"

O departamento de Estado americano informou que "os Estados Unidos não fizeram parte das negociações que conduziram a este acordo"

postado em 29/12/2016 16:54
Os Estados Unidos saudaram de foram prudente nesta quinta-feira (29/12) o anúncio pelo presidente russo, Vladimir Putin, de um cessar-fogo na Síria, desejando que esta trégua seja "respeitada por todas as partes" envolvidas no conflito.

"As informações relativas a um cessar-fogo na guerra civil na Síria representa uma evolução positiva (...) Todo esforço para conter a violência, poupar vidas e criar as condições para uma retomada das negociações políticas construtivas é bem-vindo", reagiu o porta-voz da diplomacia americana, Mark Toner.

O departamento de Estado americano, que terá um novo chefe dentro de um mês, com a saída de John Kerry, que investiu em vão durante cinco anos para encontrar uma saída diplomática na Síria, informou que "os Estados Unidos não fizeram parte das negociações que conduziram a este acordo".

De fato, o abrangente cessar-fogo na Síria entre o regime e os rebeldes está previsto para entrar em vigor à meia-noite desta quinta-feira (hora local, 20h de Brasília), antes da abertura de negociações de paz em virtude de um acordo concluído com o patrocínio da Turquia.

Segundo Toner, Washington apoia "completamente" a petição do enviado especial da ONU à Síria, Staffan de Mistura, de iniciar negociações em Genebra sobre o futuro político da Síria.

"A comunidade internacional espera que este cessar-fogo se mantenha para que se possa iniciar uma transição para um governo mais representativo, unido e pacífico", acrescentou.

"Um processo político liderado, inclusive, pela Síria entre o regime e a oposição, é crítico para estabelecer um acordo durante este conflito".

Após várias reuniões na Turquia entre emissários russos e representantes rebeldes, o presidente Putin anunciou a entrada em vigor de uma trégua na Síria à meia-noite de quinta. O acordo de cessar-fogo foi confirmado pelo exército sírio e a Coalizão Nacional Síria (CNS), principal componente da oposição no exílio.
Por France Presse

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