O presidente americano, Barack Obama, anunciou nesta quinta-feira (29) uma série de medidas contra a Rússia por sua suposta interferência na eleição presidencial, incluindo a expulsão de 35 agentes e o fechamento de instalações russas em solo americano.
"Ordenei um número de ações em resposta ao agressivo assédio do governo russo sobre funcionários americanos e operações cibernéticas contra a eleição americana", afirmou Obama, segundo um comunicado da Casa Branca, no qual também prometeu outras ações para o futuro.
"Essas ações se seguem a repetidas advertências privadas e públicas que demos ao governo russo e são uma resposta necessária e apropriada aos esforços para prejudicar os interesses americanos em violação às normas internacionais", justificou.
As agências americanas de Inteligência concluíram que a invasão e a divulgação dos e-mails do Partido Democrata e da equipe de sua candidata presidencial, Hillary Clinton, foram planejadas para ajudar a levar Donald Trump à Casa Branca.
"Esse roubo e difusão de informação só pode ter sido dirigida pelos mais altos escalão do governo russo", acrescentou Obama, insistindo em que "essas atividades têm consequências".
Entre as ações ordenadas por Obama, estão sanções contra os serviços secretos militares russos (GRU) e o Serviço Federal de Segurança (FSB), a ex-KGB soviética, a expulsão de 35 agentes de Inteligência declarados "persona non grata", além do fechamento de duas instalações russas em Nova York e em Maryland. O governo americano alega que ambas têm sido usadas para "propósitos de Inteligência".
Obama advertiu os americanos e seus aliados no mundo sobre as ações da Rússia.
"Os Estados Unidos e seus amigos e aliados no mundo devem trabalhar juntos para nos opormos aos esforços da Rússia de minar as normas internacionais estabelecidas e interferir no processo democrático", afirmou.