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Autoridades delineiam perfil do autor da chacina em boate de Istambul

Segundo o jornal Hurriyet, os investigadores acreditam que o autor do atentado, reivindicado pelo grupo Estado Islâmico (EI), é oriundo de um país da Ásia Central e foi treinado para dominar o uso de armas

postado em 03/01/2017 11:02
O perfil do suspeito da matança na discoteca Reina de Istambul está sendo traçado pelas autoridades nesta terça-feira (3/1), com a difusão de novas imagens do homem que continua foragido.
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A polícia divulgou várias fotos do suspeito de ter assassinado 39 pessoas, a maioria estrangeiras, que comemoravam o réveillon no exclusivo clube, um dos mais famosos da metrópole turca.
O ministério das Relações Exteriores do Quirguistão não demorou a reagir e considerou improvável o envolvimento de um de seus cidadãos, mas afirmou que está realizando uma investigação do caso.

Além disso, dois cidadãos estrangeiros foram detidos nesta terça no aeroporto internacional Ataturk de Istambul, informou a agência de notícias Dogan.

As duas pessoas, cuja nacionalidade não foi informada, foram detidas na entrada do terminal de partidas internacionais e transferidas ao quartel-general da segurança em Istambul.

Segundo o jornal Hurriyet, os investigadores acreditam que o autor do atentado, reivindicado pelo grupo Estado Islâmico (EI), é oriundo de um país da Ásia Central e foi treinado para dominar o uso de armas.

O jornalista Abdulkadir Selvi, ligado ao governo, afirma no jornal que as autoridades identificaram o agressor e que ele teria combatido nas fileiras do EI na Síria.

O governo turco, que admitiu que a investigação está sendo difícil, informou na segunda-feira que foram obtidos dados relativos às impressões digitais e ao aspecto do assassino, sem dar maiores detalhes.

A agência turca Dogan difundiu um vídeo, onde ele é visto se filmando enquanto passeia tranquilamente pela famosa praça Taksim, muito frequentada por turistas.

Quatorze pessoas foram detidas por suposto envolvimento no ataque, segundo a agência de notícia pró-governamental Anadolu.

O atentato do Ano Novo foi realizado num momento em que o exército turco tenta tomar a cidade Al Bab, um reduto do EI no norte da Síria, onde Ancara lançou uma ofensiva contra os jihadistas e as milícias turcas.

Em seu comunicado, o grupo radical acusa a Turquia, um país de maioria muçulmana, de ter se aliado aos cristãos, provavelmente em alusão à participação turca na coalizão internacional anti-extremista, liderada por Washington.

O primeiro-ministro turco, Binali Yildirim, afirmou nesta terça que seu país continuará lutando contra o terrorismo onde quer que seja.

Outros meios de comunicação informaram nesta terça que o suspeito teria chegado em novembro passado a Konya (sul) com sua esposa e seus dois filhos para "não chamar a atenção".

A esposa pode ser uma das pessoas atualmente detidas, segundo a Dogan.

De acordo com Selvi, as autoridades querem capturar o agressor vivo para poder desmantelar uma possível rede de terroristas e abortar futuros ataques

Turquia, principal objetivo

A matança na boate Reina acontece apesar do forte esquema de segurança em Istambul, uma metrópole que já sofreu grandes atentados no ano passado.

Os investigadores acham que o suspeito pode estar vinculado à célula que cometeu o triplo tentado suicida no aeroporto de Atatürk, em Istambul, que em junho passado deixou 47 mortos, e foi atribuído pelas autoridade ao EI.

Este atentado, o último de uma longa série que sacudiu o país em um ano e meio, parece indicar que a Turquia se converteu num dos principais objetivos do EI.

O Estado-Maior turco anunciou, por sua parte que 18 "terroristas do Daesh" (acrônimo em árabe do EI) morreram nos combates e em bombardeios em Al Bab na véspera.
Por France Presse

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