postado em 09/01/2017 14:42
A justiça alemã anunciou nesta segunda-feira (9/1) que arquivou a investigação sobre a catástrofe aérea da Germanwings, quando um de seus aviões foi derrubado deliberadamente pelo copiloto nos Alpes franceses em março de 2015.
"A investigação não forneceu provas suficientes ou tangíveis sobre responsabilidades externas de pessoas ainda vivas" entre familiares, médicos ou funcionários da companhia, declarou à AFP Christoph Kumpa, porta-voz da promotoria de Dusseldorf (oeste) que conduziu a investigação na Alemanha.
A investigação realizada em paralelo pela França continua aberta.
A investigação determinou que a tragédia foi deliberadamente provocada pelo copiloto Andreas Lubitz, de 27 anos, deprimido e suicida, que aproveitou-se da ausência momentânea do comandante para trancar-se no cockpit e lançar o avião contra as montanhas.
A catástrofe deixou 150 mortos, incluindo 72 alemães e 50 espanhóis.
Os investigadores alemães procuravam determinar se houve negligência por parte dos médicos que tratavam Lubitz e que não teriam relatado seus problemas psiquiátricos para Germanwings, filial de baixo custo da Lufthansa.
O copiloto não falou sobre seus impulsos suicidas a seus médicos ou parentes, o que significa que nenhum deles poderia assinalar tal problema à companhia aérea, indicou Kumpa ao justificar o arquivamento do inquérito.
Na França, a investigação tenta determinar o nível de conhecimento da empresa sobre o estado mental do copiloto, o que poderia levar a um julgamento.
Os familiares das vítimas também apresentaram uma ação nos Estados Unidos contra a escola de pilotos que treinou Lubitz, que recebu sua habilitação após ser examinado por vários médicos nos anos anteriores ao desastre.
Por France Presse