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Palestino é condenado a prisão perpétua por assassinato de israelense

O tribunal considerou que Mohammad Abu Shahin visava "soldados e civis apenas por serem judeus" e recomendou que ele não seja perdoado nem que sua sentença seja encurtada

postado em 09/01/2017 15:07
Um tribunal militar de Israel condenou nesta segunda-feira (9/1) um palestino a duas penas de prisão perpétua pelo assassinato de um israelense e tentativa contra outro em 2015 na Cisjordânia ocupada, indicou o exército de Israel.

O tribunal também determinou que Mohammad Abu Shahin deve pagar 3,5 milhões de shekels (cerca de 910.000 dólares) à família da vítima, Danny Gonen.

Um amigo de Danny Gonen, Netanel Hadad, foi ferido no ataque cometido em 19 de junho de 2015.

Mohammad Abu Shahin também foi reconhecido culpado de 13 acusações de tentativa de assassinato em uma série de tiroteios entre abril de 2014 e julho de 2015 contra civis israelenses e membros das forças de segurança, informou o exército em um comunicado.

Um soldado foi ferido durante um dos ataques.

O tribunal considerou que Mohammad Abu Shahin visava "soldados e civis apenas por serem judeus" e recomendou que ele não seja perdoado nem que sua sentença seja encurtada, acrescentou o tribunal.

O ataque contra Danny Gonen, que tinha 25 anos, e Netanel Hadad, dois israelenses de Lod, no centro de Israel, ocorreu perto do assentamento de Dolev, a oeste de Ramallah.

O Shin Bet, a agência de segurança interna de Israel, afirmou que Mohammad Abu Shahin pertencia a um grupo armado ligado ao partido Fatah do presidente palestino Mahmoud Abbas.

Ele foi preso em julho de 2015 e, meses depois, o exército demoliu sua casa, uma prática comum e controversa contra autores de atentados.

Desde 1; de outubro de 2015, uma onda de violência nos Territórios palestinos ocupados e em Israel matou 247 palestinos, 40 israelenses, dois americanos, um jordaniano, um sudanês e um eritreu, de acordo com uma contagem da AFP.

A maioria dos palestinos mortos eram suspeitos ou autores de ataques anti-israelenses.
Por France Presse

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