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Clipe critica restrições que as mulheres enfrentam na Arábia Saudita

Lançada em 23 de dezembro, a música gerou polêmica por ter mulheres fazendo atividades proibidas para o sexo feminino no país

postado em 10/01/2017 19:46

Clipe critica restrições que as mulheres enfrentam na Arábia Saudita O videoclipe de uma banda árabe formada por mulheres está gerando polêmica na internet. Publicado em 23 de dezembro, o clipe critica as restrições que as mulheres enfrentam na Arábia Saudita, e já conta com mais de 4 milhões de visualizações.

Na música há frases como "Que os homens desapareçam" e "Se apenas Deus nos livrasse dos homens". No vídeo, mulheres sauditas vestem o Niqab por cima de roupas coloridas e tênis ocidentais. Elas jogam basquete, andam de skate e bicicleta, dirigem carros de parque de diversão e dançam, atividades que são proibidas para o sexo feminino no país. Em um momento do vídeo aparece o presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, também como uma crítica às declarações do magnata sobre as mulheres.

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Dirigido por Majed al-Essa, no 8ies Studios, uma produtora sediada em Riyadh, capital da Arábia, o videoclipe recebeu diversas criticas de defensores da cultura saudita. "Nós fazemos isso para proteger nossas mulheres, mas elas não entendem", escreveu um usuário do YouTube. Outro usuário comentou: "Mulheres não foram feitas para isso. Querem pegar o papel dos homens, e esse papel é nosso".

Em contrapartida, ativistas feministas, mulheres sauditas e até Ameerah al-Taweel, ex-esposa de um príncipe do país, e defensora dos direitos das mulheres, compartilharam o vídeo pedindo o fim das restrições aos direitos básicos das mulheres, como andar na rua sozinhas. Em entrevistas ao jornal americano The New York Times, mulheres sauditas dizem que não podem viajar, frequentar a faculdade ou fazer compras sem a presença de um parente do sexo masculino, que é chamado de "tutor".

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