postado em 11/01/2017 08:41
A Coreia do Norte dispõe atualmente de plutônio suficiente para fabricar dez bombas nucleares, considerou nesta quarta-feira o governo de Seul, dez dias após Pyongyang advertir sobre a iminência de um teste de míssil intercontinental.
Muitos especialistas pensam que o regime comunista norte-coreano, que em 2016 realizou dois testes nucleares e dezenas de disparos de mísseis, planeja aumentar seus esforços em 2017 para alcançar seu objetivo: ser capaz de enviar uma bomba nuclear a território continental americano.
Os especialistas divergem sobre o nível de avanço dos programas científicos da Coreia do Norte, mas concordam em apontar que o regime realizou grandes progressos desde a chegada ao poder de Kim Jong-Un, após a morte de seu pai, Kim Jong-Il, em dezembro de 2011.
Nesta quarta-feira, o ministério sul-coreano da Defesa afirmou que a Coreia do Norte possuía aparentemente 50 km de plutônio de qualidade militar no fim de 2016, quantidade suficiente para elaborar 10 bombas.
Em um relatório, o ministério considera que Pyongyang também tem uma capacidade considerável de produzir armas utilizando urânio enriquecido.
Em junho, o Instituto para a Ciência e a Segurança Internacional, com sede em Washington, considerou que a Coreia do Norte tinha potencialmente neste momento até 21 bombas nucleares, somando as de urânio e as de plutônio. Sua estimativa no fim de 2014 era de entre 10 e 16.
Pyongyang impulsionou sua produção de plutônio reativando, segundo o ministério sul-coreano da Defesa, o reator de cinco megawatts de Yongbyon, que havia sido fechado em 2007 no âmbito de um acordo que desarmamento em troca de ajuda humanitária.
Kim Jong-Un afirmou durante seu discurso de Ano Novo que seu país se encontra nas "últimas etapas antes de realizar um teste de míssil balístico intercontinental".
Por France Presse