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Conferência de Paris manda recado a Donald Trump

Na França, representantes de 70 países condenam "ações unilaterais" no conflito entre Israel e palestinos. Recado é endereçado também ao novo presidente dos EUA

postado em 16/01/2017 06:00

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Terminou com um alerta endereçado a israelenses e palestinos a conferência internacional sobre o Oriente Médio que reuniu ontem, em Paris, representantes de mais de 70 países ; mas não das partes em conflito, convidadas apenas a acompanhar o anúncio das conclusões. O comunicado final do encontro chama os dois lados a ;evitar ações unilaterais; que possam inviabilizar a ;solução de dois Estados; (com a Palestina convivendo ao lado de Israel). Embora endereçada nominalmente aos envolvidos, a mensagem teve como destinatário não mencionado o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, que acena com a possibilidade de transferir a embaixada americana em Israel para Jerusalém, iniciativa que mereceu comentários críticos dos participantes.

Sem a presença de Israel, que classificou a conferência como uma articulação ;fútil; entre a diplomacia francesa e a Autoridade Nacional Palestina (ANP), o chanceler francês, Jean-Marc Ayrault, falou à imprensa sobre a resolução. O texto pede às partes que se abstenham de passos capazes de ;prejudicar os resultados da negociação, principalmente sobre as fronteiras e o status de Jerusalém;, dois dos empecilhos a um acordo (leia o quadro). ;É bom lembrar que a base (para um acordo) são as fronteiras de 1967 e as principais resoluções das Nações Unidas;, complementou Ayrault.

A cinco dias da passagem de poder de Barack Obama para Donald Trump, as declarações do presidente eleito sobre a transferência da representação americana para Jerusalém ; cuja anexação por Israel não tem reconhecimento internacional ; foram objeto de preocupação manifestada por diplomatas de vários países presentes no encontro e pelo presidente da ANP, Mahmud Abbas, em viagem à Europa. O secretário de Estado norte-americano John Kerry, não falou publicamente sobre as posições de Trump, mas reafirmou o compromisso de Obama com a ;solução de dois Estados;.

;Fizemos o que era necessário para ter uma resolução equilibrada. Se você observar, ela fala de maneira positiva, e não negativa, para ambos os lados;, argumentou. Kerry entrou em rota de colisão com o governo do premiê Benjamin Netanyahu depois que os EUA permitiram que o Conselho de Segurança da ONU aprovasse, em dezembro, uma resolução que condena Israel pela colonização no território palestino da Cisjordânia e no setor oriental (árabe) de Jerusalém. Na ocasião, pelo Twitter, Trump disse a Netanyahu para ;permanecer firme; e sugeriu que mudará a política dos EUA para a questão.

Na França, representantes de 70 países condenam

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