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Forças iraquianas recuperam tumba de Jonas em Mossul, destruída pelo EI

Osantuário de Nabi Younis foi construído em um local onde havia antes una antiga igreja e um castelo, e os muçulmanos acreditam que ali foi enterrado Youni (Jonas), também reverenciado por cristãos e judeus

Agência France-Presse
postado em 16/01/2017 18:28
As forças iraquianas, empenhadas em uma ampla ofensiva contra o grupo extremista Estado Islâmico (EI) em Mossul, recuperaram na segunda-feira (16/1) a tumba do profeta Jonas, um dos santuários mais importantes do país, destruído pelos jihadistas em 2014, anunciaram responsáveis.

"Recuperamos o controle da zona de Nabi Younis (...) e içamos a bandeira iraquiana sobre a tumba de Jonas", declarou à AFP Sabah al-Nomane, porta-voz das forças de elite do contraterrorismo (CTS), à frente da ofensiva em Mossul, bastião jihadista no Iraque que esperam recuperar.

Outros dois bairros do leste de Mossul também foram arrebatados do EI na segunda-feira, acrescentou.

Lugar de peregrinação, o santuário de Nabi Younis foi construído em um local onde havia antes una antiga igreja e um castelo, e os muçulmanos acreditam que ali foi enterrado Youni (Jonas), também reverenciado por cristãos e judeus.

Em julho de 2014, semanas depois de se apoderarem de Mossul, os extremistas dinamitaram o santuário, desencadeando uma onda de condenações.

Segundo a tradição bíblica, Jonas, que tentou fugir em barco após se recusar a pregar a penitência em Nínive (antigo nome de Mossul), foi lançado ao mar pelo capitão durante uma tempestade, e devorado por uma baleia, em cujo ventre permaneceu três dias. Após ser expelido pelo animal na praia, Jonas decidiu ir orar em Nínive.

O grupo ultrarradical sunita EI atacou outros locais simbólicos no Iraque, especialmente lugares de culto xiitas, comunidade que considera herética.

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