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Enviado da ONU visita presidente iemenita e denuncia 10 mil civis mortos

Nas semanas anteriores, o enviado da ONU manteve outras conversas na região do Golfo, inclusive em Riad, onde se reuniu com o governador do Banco Central do Iêmen para analisar a falta de moeda em áreas ocupadas pelos rebeldes

O mediador da ONU visitou Aden, nesta segunda-feira (16/1), para falar com o presidente do Iêmen, Abd Rabo Mansur Hadi, em um momento que a organização estima que 10 mil civis morreram desde março de 2015.

O enviado Ismail Uld Sheikh Ahmed foi ao Iêmen para "apresentar (a Hadi) uma nova proposta de paz" com o objetivo de terminar uma guerra de quase dois anos, disse o porta-voz da ONU Farhan Haq.

A Organização das Nações Unidas indicou que o número de civis mortos em combates chega a 10 mil - acima da recontagem anterior de sete mil - desde que a força liderada pela Arábia Saudita interveio, em março de 2015.

Esta alta cifra de vítimas "destaca a necessidade de resolver a situação no Iêmen sem demora", disse Haq. "Há um grande custo humanitário", indicou.
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Ismail Uld Sheikh Ahmed espera reativar o processo de paz no Iêmen depois que Hadi recusou um roteiro proposto inicialmente. Ele deve reportar no final deste mês ao Conselho de Segurança da ONU.

A proposta prevê o estabelecimento de um governo de unidade no Iêmen e a retirada dos rebeldes da capital e de outras cidades.

Também aborda uma importante redução do poder de Hadi em benefício da nomeação de um novo vice-presidente, que teria a função de supervisionar a formação de um governo provisório até que sejam realizadas novas eleições.

Nas semanas anteriores, o enviado da ONU manteve outras conversas na região do Golfo, inclusive em Riad, onde se reuniu com o governador do Banco Central do Iêmen para analisar a falta de moeda em áreas ocupadas pelos rebeldes.