Um importante grupo rebelde islamita sírio, Ahrar al Sham, anunciou nesta quarta-feira (18/1) que não pretende participar nas negociações com o regime previstas para 23 de janeiro em Astana, capital do Cazaquistão.
Em um comunicado, Ahrar al Sham explicou sua recusa "pela falta de respeito ao cessar-fgo em vigor na Síria".
Também criticou a continuação dos ataques da aviação russa, aliada do regime no país.
Um dos objetivos das negociações de 23 de janeiro, promovidas por Rússia, Turquia e Irã, é consolidar o cessar-fogo na Síria, segundo a chancelaria russa.
Rússia e Irã, aliados de Damasco, e Turquia, que apoia grupos rebeldes sírios, anunciaram no dia 29 de dezembro um cessar-fogo na Síria e convocaram para 23 de janeiro negociações em Astana.Os principais grupos insurgentes, sobretudo o Jaish al Islam, anunciaram sua participação nas negociações.
O Alto Comitê das Negociações (HCN), que reúne grande parte da oposição síria, anunciou que apoiava o encontro.
Moscou está elaborando a lista dos participantes. Até o momento, sabe-se que haverá representantes de Rússia, Irã e Turquia, que apadrinham o processo, e emissários de Damasco, assim como dos grupos rebeldes e da ONU.
A Rússia considera justo convidar a Astana representantes do novo governo de Donald Trump, que tomará posse como presidente dos Estados Unidos nesta sexta-feira.