Mais de 80 combatentes do grupo Estado Islâmico (EI), incluindo supostos envolvidos em atentados na Europa, morreram nos ataques aéreos dos Estados Unidos a campos de treinamento de extremistas na Líbia, informou o Pentágono.
"Certamente eram pessoas que estavam tramando operações na Europa e também podiam estar relacionadas com alguns ataques que já ocorreram na Europa", disse o chefe do Pentágono, general Ashton Carter.
O ataque aéreo americano contra dois campos do grupo extremista aconteceu na noite de quarta-feira.
Os campos atacados estão situados 45 km a sudoete da cidade de Sirte, norte do país.
O ataque - lançado por bombardeiros furtivos de longo alcance B2 - foi realizado em cooperação com o governo de unidade nacional líbio e autorizado diretamente pelo presidente Barack Obama, segundo uma fonte militar que não quis ser identificada.
O porta-voz do Pentágono, Peter Cook, disse que esses alvos incluíam combatentes que fugiram de Sirte, libertada no ano passado.
"Eles representavam uma ameaça para a segurança na Líbia, para a região e para os interesses dos Estados Unidos", afirmou Cook em um comunicado, destacando que os bombadeios foram bem-sucedidos.
A Líbia está mergulhada no caos desde a queda do regime de Muamar Khadafi, em 2011, provocada por uma coalizão internacional.
O governo de Unidades Nacional de Trípoli é apoiado pela ONU, os países ocidentais e alguns da África, mas não é aceito pelas autoridades do leste do país, lideradas pelo marechal Khalifa Haftar, que se aproximou recentemente da Rússia.