O gabinete de Donald Trump não conta com nenhum integrante hispânico, apesar de a comunidade de mais de 55 milhões de pessoas - 17% da população dos Estados Unidos - representar a primeira minoria do país.
Com o anúncio nesta quinta-feira (19/1) de que um ex-governador do estado da Geórgia, Sonny Perdue, será o novo secretário da Agricultura, a possibilidade de um latino no gabinete fica descartada. É a primeira vez que isso acontece desde 1988.
Trump "está recrutando os melhores e mais inteligentes", desconversou seu porta-voz Sean Spicer, na conversa com a imprensa, ao ser consultado sobre a ausência de latinos no gabinete.
A equipe anunciada por Trump conta com 17 homens e quatro mulheres brancos, um negro, uma asiática e uma americana de origem indiana.
"A exclusão de uma voz latina no gabinete do presidente eleito Trump é um retrocesso histórico para a nação", lamentou o diretor-executivo da Associação Nacional de Funcionários Latinos Eleitos e Designados (NALEO na sigla em inglês), Arturo Vargas, em um comunicado.
"Os latinos são o segundo maior grupo populacional do país, um em cada quatro crianças dos Estados Unidos, e o maior organismo de política do país agora não terá sua perspectiva", acrescentou.