Mundo

Homem é processado em Amsterdã por 'sextorsão' na internet

Holandês é acusado de forçar meninas jovens a se expor na internet praticando atos sexuais

Agência France-Presse
postado em 25/01/2017 17:13
Um holandês acusado de forçar meninas jovens a se expor na internet praticando atos sexuais declarou sua inocência nesta quarta-feira (25/1), durante a abertura de seu julgamento em Amsterdã.

O homem, identificado como Aydin C. e que também será julgado no Canadá por ter extorquido uma jovem que acabou se suicidando, foi detido em 2014 depois do Facebook alertar a polícia holandesa sobre um "sextorsionador" - alguém que usa o sexo para chantagear outras pessoas.

Aydin C. é acusado de ter assediado e chantageado desta forma pela internet dezenas de jovens da Holanda, Reino Unido, Noruega, Estados Unidos e Canadá.

O réu enfrenta 72 acusações, particularmente por produção e posse de pornografia infantil, chantagem, fraude e posse de estupefacientes.

"Nego todas as acusações", declarou Aydin C. ante os juízes, em um tribunal de alta segurança, acrescentando que permaneceria em silêncio até a declaração final em seu julgamento.
Segundo o Ministério Público, o acusado "se fez passar on-line por uma jovem mulher e estabeleceu relações de confiança com 34 meninas, fazendo-as em seguida posar nuas ante uma webcam".

Uma vez que obtinha as imagens, seu tom mudava e então começava a ameaçá-las, dizendo que ia mostrar as imagens para seus pais e amigos da escola se não fizessem tudo o que ele exigisse.

Cinco homens, a maioria na Austrália, também caíram no golpe de Aydin C., que se apresentava como um jovem e depois ameaçava revelar as orientações sexuais das vítimas.

Após este processo, será extraditado ao Canadá, onde será julgado por outro caso de "sextorsão", no qual uma adolescente canadense de 15 anos, Amanda Todd, se suicidou em outubro de 2012, gerando enorme comoção no país norte-americano.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação