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Polônia publica nomes de 10 mil guardas e agentes de Auschwitz

A lista de nomes foi estabelecida em grande parte graças ao trabalho de um historiador, Aleksander Lasik, que trabalhou sobre o tema desde 1982

Agência France-Presse
postado em 30/01/2017 14:13

O Instituto polonês para a memória nacional (IPN) anunciou nesta segunda-feira em Cracóvia a publicação online de cerca de 10 mil nomes de agentes do campo de concentração nazista de Auschwitz-Birkenau.

A publicação dos 9.686 nomes, de acordo com o site do IPN, "é apenas o início de um vasto projeto", disse a repórteres o presidente do instituto, Jaroslaw Szarek.

A lista, uma compilação de informações sobre os campos de concentração de Auschwitz e Auschwitz-Birkenau, e campos secundários associados, será posteriormente enriquecida com outros lugares de detenção e extermínio durante o regime nazista na Alemanha.

No total, o número de nomes já recolhidos atinge cerca de 25 mil.

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Szarek sublinhou a importância desta iniciativa no contexto da aparição periódica no exterior do termo "campos poloneses", um erro combatido energicamente pelas autoridades e diplomacia polonesas.

Essa classificação pode ser atribuída "à ignorância daqueles que dizem, mas às vezes trata-se de má vontade, e de uma política anti-polonesa histórica", afirmou.

O banco de dados acessível em cinco línguas "é um instrumento para lutar contra as mentiras", acrescentou o chefe do IPN.

Os arquivos digitais também incluem cerca de 350 sentenças proferidas após a Segunda Guerra Mundial contra guardas, mas esses documentos não foram traduzidos.

A lista de nomes foi estabelecida em grande parte graças ao trabalho de um historiador, Aleksander Lasik, que trabalhou sobre o tema desde 1982 e começou a identificar os SS em Auschwitz.

A investigação não foi fácil, observou o diretor do Museu de Auschwitz, Piotr Cywinski, já que na véspera da derrota, os alemães queimaram um monte de documentos.

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