postado em 31/01/2017 07:47
Em meio à pressão globalizada contra o veto à entrada de cidadãos de sete países majoritariamente muçulmanos nos Estados Unidos, o presidente Donald Trump deve anunciar hoje mais uma medida com potencial para mexer com os ânimos da opinião pública e complicar ainda mais as relações com o Legislativo. Ontem, no Twitter, o republicano escreveu que vai divulgar às 20h (22h em Brasília) o nome do seu candidato à Suprema Corte. A escolha, que precisa ser confirmada pelo Senado, é crucial para o futuro de temas polêmicos no país, como o aborto, o casamento de pessoas do mesmo sexo e a posse de arma. A oposição promete barrar opções consideradas fora do padrão.
[SAIBAMAIS]A intenção do novo comandante da Casa Branca é restaurar a maioria conservadora no tribunal. Durante a campanha, ele prometeu que todas as suas nomeações para a Corte sairiam de uma lista de 21 juízes aprovados pela direita cristã. Na semana passada, em entrevista à CBN News, Trump disse que todas as opções disponíveis ;são pessoas fantásticas; e que não decepcionaria com a decisão tomada. ;Acho que os cristãos evangélicos vão adorar minha escolha e ele os representará de modo muito justo;, ressaltou.
Entre os favoritos de Trump, estão três juristas conservadores indicados pelo ex-presidente republicano George W. Bush e atuantes em tribunais de apelações: William Pryor, 54 anos, no 11; circuito no Alabama; Neal Gorsuch, 49, no 10; circuito no Colorado; e Thomas Hardiman, 51, no 3; circuito na Pensilvânia. Três dos oito ocupantes da Suprema Corte estão em idade avançada, entre 78 e 83 anos. Por isso, há possibilidade de Trump escolher novos nomes ao longo do mandato.
Para ocupar a vaga vitalícia, o indicado precisa ser confirmado pela maioria do Senado ; 60 dos 100 assentos. Os republicanos têm 52. Por isso, o novo juiz precisará do apoio de alguns democratas, que podem tentar bloquear a indicação de Trump por meio de obstáculos processuais. Há uma semana, o líder democrata no Senado, Chuck Schumer, afirmou ter dito ao presidente que ele e seus colegas lutariam contra qualquer indicado que considerassem inadequado.