postado em 31/01/2017 12:41
Os combates entre o exército ucraniano e os rebeldes pró-russos continuavam nesta terça-feira (31/1) perto da cidade industrial de Avdi;vka, no leste da Ucrânia, onde milhares de civis estão sem eletricidade.
"A Rússia está extremamente preocupada com a situação", declarou o porta-voz do Kremlin, Dimitri Peskov, nesta terça-feira.
Desde domingo, os combates provocaram a morte de 13 pessoas, entre elas vários civis, perto de Avdi;vka, situada dez quilômetros ao norte do reduto rebelde de Donetsk e controlado pelas forças de Kiev.
Trata-se dos combates mais violentos desde que foi instaurada uma nova trégua, no fim de dezembro.
Nesta terça-feira, os rebeldes anunciaram a morte de um civil, enquanto as partes beligerantes enfrentavam disparos de artilharia e lança-foguetes, constatou a AFP no local.
O porta-voz de Putin disse à imprensa que o Kremlin tem "informações confiáveis" segundo as quais unidades renegadas das forças de Kiev, e não as Forças Armadas ucranianas, eram as responsáveis por começar os ataques.
Na segunda-feira, durante uma visita a Berlim, o presidente ucraniano, Petro Poroshenko, pediu ações com firmeza diante de Moscou, a quem acusa de apoiar financeira e militarmente os separatistas do leste da Ucrânia, o que a Rússia nega.
"Neste momento não há mais eletricidade, não encontramos uma solução para a calefação e os canos de gás foram destruídos" em Avdi;vka, contou à AFP uma porta-voz do exército, Olena Mokryntchouk. A temperatura caiu a -15;C na noite de segunda-feira.
O conflito na Ucrânia, que começou há quase três anos, deixou 10.000 mortos.