Agência France-Presse
postado em 01/02/2017 17:24
O assessor de segurança nacional dos Estados Unidos, Mike Flynn, anunciou nesta quarta-feira a adoção de uma política mais dura com relação ao Irã, ao condenar um teste recente com míssil e destacar que está "advertindo oficialmente o Irã" sobre sua conduta.
"O governo Obama fracassou na hora de responder adequadamente às iniciativas malignas de Teerã", disse Flynn. "O Irã se sente agora encorajado", acrescentou o assessor de Trump, acrescentando que "a partir de hoje, estamos advertindo oficialmente o Irã".
Considerando que o recente teste com um míssil constitui uma violação da resolução 2231 do Conselho de Segurança da ONU, o assessor acrescentou que o governo do ex-presidente Barack Obama "não teria respondido de forma adequada às ações nefastas" de Teerã.
"O governo Trump condena tais atos que fragilizam a segurança, a prosperidade e a estabilidade no Oriente Médio e além, pondo vidas americanas em risco", afirmou Flynn.
O ministro de Defesa iraniano, general Hossein Dehghan, confirmou a realização do teste com míssil, mas afirmou que não constitui uma violação do acordo nuclear, segundo a agência Isna.
"Esta ação não está em contradição com o acordo nuclear, nem com a resolução 2231" da ONU que o ratificou, declarou Dehghan, acrescentando que o teste se inscreve na "continuidade do programa defensivo" do Irã.
O Irã havia pedido na terça-feira a Washington que não acredita em novas tensões por seu programa de mísseis balísticos em um clima envenenado pela decisão de Trump de proibir aos iranianos e aos cidadãos de outros seis países de maioria muçulmana viajar aos Estados Unidos.
A União Europeia expressou nesta terça-feira, por sua vez, preocupação com o programa de mísseis do Irã, país ao qual pediu para não aprofundar a "desconfiança" com testes balísticos.