postado em 03/02/2017 19:37
Uma bebe iraniana de apenas 4 meses foi impedida de entrar nos Estados Unidos para tratar de um grave problema de saúde devido as medidas anti-imigração de Donald Trump. Fatameh e seus pais viajaram até Dubai mas não pôde continuar o trajeto até Portland, no Oregon. Eles tiveram de ser repatriados até Teerã, e receberam a recomendação de tentar tirar um novo visto daqui a 90 dias. Mas a família da menina receia que ela não sobreviva todo esse tempo.
Os pais de Fatemeh tinham marcado uma consulta para a menina no domingo com médicos do estado do Oregon, nos Estados Unidos, onde eles analisariam o caso da criança, que sofre de uma rara condição cardíaca.
O caso chamou a atenção de autoridades estaduais e federais dos Estados Unidos e alguns advogados tentam encontrar a melhor forma de contornar o decreto do presidente norte-americano, que proíbe durante 90 dias a entrada nos Estados Unidos de cidadãos de sete países muçulmanos do Irã, Iraque, Líbia, Somália, Sudão, Síria e Iémen.
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Se tudo falhar, uma das hipóteses, será pedir o acolhimento com base num pretexto humanitário, mas mesmo assim o processo poderia demorar entre 30 e 90 dias.
A governadora do estado de Oregon, Kate Brown, já se manifestou publicamente preocupada com a situação. "Acho deplorável que uma criança que é suposto vir ao Oregon para receber tratamento médico não tenha conseguido fazê-lo", disse Brown, cujo gabinete já entrou em contato a família da bebê para apurar se pode providenciar algum tipo de auxílio médico.
A família de Fatemeh também já pediu ajuda ao senador Jeff Merkley, o qual designou uma pessoa para tentar intermediar a negociação com o departamento de imigração.
Vários médicos da Europa e Canadá também responderam positivamente a pedidos de ajuda. O caso de Fatemeh é bastante complicado, segundo avançou um advogado à CNN. Ela tem um defeito do septo ventricular, ou seja, um orifício entre as câmaras inferiores do coração, mas também um defeito do septo atrial. De acordo com a informação do canal de TV CNN serão necessárias ao menos duas cirurgias para resolver os problemas cardíacos da bebé.