Agência France-Presse
postado em 09/02/2017 10:48
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, enviou uma carta a Xi Jinping, informou a Casa Branca, semanas depois de receber uma carta de felicitações do presidente chinês.
Pequim estava à espera de um contato de Trump, que parece determinado a aplicar uma linha dura em relação ao gigante asiático em uma série de questões, desde o comércio à segurança.
Durante sua campanha, Trump atacou reiteradamente a China, a quem acusou de "roubar" empregos americanos e que ameaçou aplicar tarifas elevadas.
Em sua carta, o presidente americano disse que espera desenvolver "uma relação construtiva que beneficie tanto os Estados Unidos como a China", afirmou o porta-voz presidencial Sean Spicer em um comunicado na quarta-feira (8/2).
Trump já manteve conversas telefônicas com mais de uma dúzia de líderes mundiais desde que tomou posse no mês passado.
Sua decisão de enviar uma carta ao invés de telefonar para o chefe de Estado da segunda maior economia do mundo pode ser considerada uma afronta, levantando dúvidas sobre a disposição de Trump de se relacionar com um país que tem sido acusado de "saquear" os Estados Unidos.
No entanto, Lu Kang, porta-voz do ministério das Relações Exteriores chinês, elogiou a carta em seu briefing diário.
"Agradecemos o presidente Trump por expressar seus cumprimentos ao presidente Xi Jinping e ao povo chinês", disse Lu, acrescentando que "a cooperação é a única opção correta para os dois países".
Depois de vencer a eleição de novembro, Trump atraiu a ira de Pequim ao aceitar um telefonema da presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen. Washington rompeu relações diplomáticas formais com Taipei em 1979, reconhecendo Pequim como o governo de "uma só China".
De qualquer forma, os Estados Unidos mantém uma relação ambígua com a ilha, à qual vende armas e com quem tem laços comerciais.