Mundo

Entidades de defesa dos imigrantes estão preocupadas com decisões de Trump

Desde a campanha, o presidente culpa estrangeiros pelas dificuldades econômicas e ameaças de segurança

Gabriela Freire Valente
postado em 12/02/2017 08:00


Em meio ao pânico causado pelas medidas adotadas pelo presidente Donald Trump para endurecer a política de imigração dos Estados Unidos, a decisão do 9; Circuito da Corte de Apelações de manter suspenso o bloqueio à entrada de pessoas procedentes de sete nações de maioria muçulmana foi recebida com alívio por ativistas e imigrantes. Apesar da determinação do tribunal de enviar claro sinal sobre os limites da autoridade do chefe do Executivo, a Casa Branca ainda tem margem para recorrer e estuda emitir nova leva de decretos sobre imigração. Os esforços de entidades pró-imigrantes para engajar o governo federal em um debate construtivo sobre a questão, porém, se tornam mais desafiadores diante da retórica agressiva de Trump.

Desde a campanha, o presidente culpa estrangeiros pelas dificuldades econômicas e ameaças de segurança, que vão de pequenos roubos a ações terroristas. Em 23 dias de governo, o republicano emitiu decretos para fortalecer a vigilância nas fronteiras, prometeu punir regiões consideradas refúgios de imigrantes, trabalhou pelo endurecimento dos processos de concessão de visto e tenta garantir a sobrevivência do bloqueio temporário para a entrada de refugiados e cidadãos de Iraque, Irã, Síria, Somália, Sudão, Iêmen e Líbia. Embora Trump tenha dito que estaria disposto a avaliar uma proposta bipartidária de reforma migratória, as chances de desenvolver uma política que leve à regularização dos 11 milhões de estrangeiros que vivem sem documentos são encaradas com ceticismo. Ao longo da última semana, autoridades de imigração prenderam centenas de ilegais em Atlanta, Chicago, Nova York, Los Angeles, Carolina do Norte e Carolina do Sul.

Maribel Hastings, assessora executiva do grupo pró-imigrante America;s Voice, relata que as ações de Trump provocaram apreensão nas comunidades de imigrantes dos EUA por sinalizar a disposição do presidente em avançar inclusive com medidas mais polêmicas, como a deportação em massa de indocumentados. ;Suas promessas estão se tornando realidade. Isso gera pânico, pois não se trata unicamente de tornar real o veto a muçulmanos ou de suspender temporariamente o programa de refugiados. As outras medidas executivas de Trump estão direcionadas às 11 milhões de pessoas que vivem sem documentos, algumas das quais estão há décadas no país e têm filhos que são cidadãos americanos;, observa.

A matéria completa está disponível aqui, para assinantes. Para assinar, clique aqui

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação