Agência France-Presse
postado em 20/02/2017 16:35
O presidente americano, Donald Trump, nomeou o tenente-general do exército H.R. McMaster como seu novo conselheiro de Segurança Nacional nesta segunda-feira, após uma semana de difíceis negociações que abalaram Washington.
Trump disse a jornalistas em sua residência de Mar-a-Lago, em Palm Beach, na Flórida, que McMaster é um especialista em contra-insurgência, um "homem de tremendo talento e tremenda experiência".
"Estou impaciente para me somar à equipe de segurança nacional e fazer tudo o que estiver no meu alcance para fazer avançar e proteger os direitos do povo americano", declarou o general McMaster durante uma breve coletiva de imprensa, ao lado do presidente.
Na folha de serviços de H.R. McMaster consta que ele serviu no Iraque nas guerras de 1991, de 2004 a 2006 e no Afeganistão.
Seu antecessor no cargo, o general na reserva Michael Flynn, foi chamado a renunciar na semana passada por omitir do vice-presidente, Mike Pence, conversas que manteve com o embaixador russo nos Estados Unidos sobre as sanções impostas por Washington a Moscou.
Trump tomou a decisão de nomear McMaster após passar um fim de semana em sua luxuosa residência na Flórida, ao fim de uma difícil busca por um candidato que substituísse Flynn.
O presidente viu, por exemplo, um de seus escolhidos recusar-se a assumir o posto de diretor do Conselho de Segurança Nacional (NSC, em inglês), o gabinete de política exterior da Presidência americana, um cargo de conteúdos estratégicos.
Nem Donald Trump, nem H.R. McMaster aceitaram responder as perguntas dos jornalistas sobre a margem de manobra que o novo diretor do NSC terá para escolher os integrantes deste organismo.
A imprensa americana viu nos últimos dias fortes tensões na Casa Branca por conta da substituição de Flynn, em razão, fundamentalmente, da influência exercida pelo polêmico chefe de estratégia de Trump, Stephen Bannon, associado à extrema-direita e integrante do Conselho.
Entretanto, o secretário-geral da Casa Branca, o republicano Reince Priebus, assegurou no domingo à emissora Fox News que as tensões eram inexistentes.
"A resposta é não. O presidente disse muito claramente que o novo conselheiro (de Segurança Nacional) terá todo o poder para decidir a recomposição do NSC", afirmou Priebus antes do anúncio da nomeação do general McMaster.