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Demora no resultado das eleições gera impaciência no Equador

O resultado destas eleições pode ser decisivo para o fundador do WikiLeaks, Julian Assange, asilado na embaixada do Equador em Londres desde 2012

Analistas advertem há semanas que, embora conte com uma base sólida de apoio de 30%, o correísmo sofre com um desgaste, sobretudo, pela delicada situação econômica por conta da queda nos preços do petróleo, e por isso necessita vencer no primeiro turno.

Em um segundo turno, a oposição, formada por partidos de direita e pessoas descontentes com o correísmo, poderia se unir, apesar de ter chegado a esta eleição completamente dividida.

No domingo, após saber que não conseguiria chegar ao segundo turno, a deputada de direita Cynthia Viteri, terceiro lugar nas contagens com 16,30%, pediu abertamente o voto para Lasso e que seus partidários defendam "o segundo turno" nas ruas.

"Recebemos o apoio de algumas forças políticas", declarou Lasso, que disse que suas mãos "estão estendidas" e propôs "uma mesa de governabilidade aberta a todos os setores da sociedade".

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Os resultados parciais destas eleições, nas quais também foram escolhidos 137 deputados e cinco parlamentares andinos, ainda não permitem confirmar se o correísmo manterá a maioria de dois terços no Legislativo.

Assange e a esquerda

O resultado destas eleições pode ser decisivo para o fundador do WikiLeaks, Julian Assange, asilado na embaixada do Equador em Londres desde 2012 para evitar sua extradição à Suécia por supostos crimes sexuais, que ele nega.

Moreno é partidário de manter o asilo, mas Lasso disse à AFP que, se chegar ao poder, vai retirá-lo.

"A embaixada do Equador não é um hotel", declarou o candidato nesta segunda-feira, ao afirmar que respeitando o direito internacional "revisaremos o asilo" dado a Assange pelo governo de Correa.

Uma vitória de Lasso também seria um novo revés para a esquerda latino-americana, enfraquecida após a guinada à direita no Brasil, na Argentina e no Peru.