Agência France-Presse
postado em 02/03/2017 08:16
Os combatentes do grupo Estado Islâmico (EI) se retiraram de boa parte da cidade síria de Palmira, mas deixaram para trás muitas minas que dificultam o avanço das forças governamentais, indicou nesta quinta-feira o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH).
As tropas sírias, apoiadas pelo exército russo, entraram na quarta-feira na cidade após combates com os extremistas, segundo o OSDH.
Na manhã desta quinta-feira os combatentes do EI estavam entrincheirados nos bairros residenciais do leste da cidade.
"O EI se retirou de grande parte de Palmira depois de colocar minas na cidade. Nos bairros do leste há suicidas", declarou Rami Abdel Rahman, diretor do OSDH. "As forças governamentais não puderam até o momento chegar ao centro da cidade ou aos bairros do leste", disse à AFP.
Segundo Rahman, não há mais combatentes extremistas na principal parte da antiga Palmira, situada no noroeste da cidade, mas este setor está "muito minado".
A antiga cidade de Palmira está inscrita na lista de patrimônio mundial da Humanidade da Unesco.
Situada no centro do país, a cidade foi capturada em maio de 2015 pelos extremistas, que destruíram parte do patrimônio e realizaram execuções em massa. Os combatentes do Estado Islâmico foram expulsos em março de 2016, mas retomaram a cidade em dezembro.
As forças governamentais sírias, apoiadas com tropas em terra e bombardeios aéreos russos, tentavam há várias semanas chegar a Palmira através do deserto da província de Homs.