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União Europeia busca renovar mandato de Donald Tusk

Tusk parece ter garantido sua reeleição que, de acordo com um oficial do governo alemão, receberá um "apoio esmagador"

postado em 09/03/2017 09:23
Mas uma fonte diplomática europeia se mostra preocupada com a imagem de divisão que pode ser passada, sobretudo se uma votação for forçada
Os líderes europeus se preparam nesta quinta-feira para renovar o mandato do presidente do Conselho Europeu, o polonês Donald Tusk, acusado por seu país de "violar brutalmente" o princípio da neutralidade, em uma cúpula dedicada à unidade da União Europeia após o Brexit.

"Faremos todo o possível para que não seja votada hoje", declarou nesta quinta-feira o ministro polonês das Relações Exteriores, Witold Waszczykowski, à televisão privada TVN24, e "informaremos aos nossos sócios que a cúpula será ameaçada se for forçada uma votação".
Esta reunião de dois dias começará com uma tensão que pode ser prolongar para sexta-feira, quando os líderes europeus, reunidos sem sua colega britânica Theresa May, abordarem novamente seu futuro a 27, que deve ser modelado em uma cúpula em Roma no fim do mês por ocasião do 60; aniversário do projeto europeu.

Tusk parece ter garantido sua reeleição que, de acordo com um oficial do governo alemão, receberá um "apoio esmagador".

"Hoje, vamos tomar uma decisão sobre a reeleição para um novo mandato de dois anos e meio de Donald Tusk como presidente do Conselho Europeu. Considero sua reeleição um sinal de estabilidade para toda a União Europeia", declarou a chanceler Angela Merkel em um discurso ante o Parlamento alemão.

Mas uma fonte diplomática europeia se mostra preocupada com a imagem de divisão que pode ser passada, sobretudo se uma votação for forçada.

A maioria dos membros da UE apoiam sua renovação, que precisa do "sim" de ao menos 21 países que representem 65% da população, mas o governo conservador polonês, dirigido pelo partido nacionalista Direito e Justiça (PiS), a rejeita categoricamente e apresenta como candidato o eurodeputado Jacek Saryusz-Wolski.

Desde sua chegada ao poder, em outubro de 2015, o PiS intensificou suas críticas ao ex-chefe de governo liberal (2007-2014).

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