Agência France-Presse
postado em 10/03/2017 15:17
A campanha para a eleição presidencial de 2 de abril no Equador começou nesta sexta-feira com os candidatos oficialista e opositor de direita centrados em seduzir 33% do eleitorado que votou em outras opções no primeiro turno.
Considerada a mais apertada na história recente do país e marcada pela situação econômica delicada e acusações de corrupção, a eleição para eleger o sucessor do onipresente Rafael Correa poderia ser um impulso ao avanço do conservadorismo na América Latina.
Lenin Moreno, ex-vice-presidente de Correa que com 39,36% ficou alguns décimos de ganhar no primeiro turno, realizará vários atos em Quito, incluindo um almoço popular em um mercado e uma reunião com pessoas deficientes como ele, que sofre de paraplegia após ser baleado em um assalto em 1998.
"O segundo turno é a oportunidade para abraçar, ouvir e entender os equatorianos. Venceremos de novo", tuítou o candidato, cujo estilo conciliador deve reconquistar os descontentes com o governo atual, especialmente das classes médias.
Já Guillermo Lasso, um rico ex-banqueiro que no primeiro turno conquistou 28,09% dos votos, em parte graças à sua proposta de criar um milhão de empregos em quatro anos para estimular a economia, vai lançar sua campanha com um ato em uma avenida do norte da capital, em frente à sede do movimento oficialista Alianza País.
"O Equador decide em 2 de abril entre o continuísmo e A MUDANÇA para recuperar a democracia e a liberdade", escreveu.
No primeiro turno de 19 de fevereiro, o oficialismo obteve uma maioria absoluta dos votos, mas perdeu a maioria no Parlamento.